Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Google Chrome Opera Mozilla Firefox Microsoft Edge
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.

E se as evidências de um crime pudessem falar (de verdade)?

Em novo livro, escritor Diego Rates mergulha no realismo mágico para discutir temas como culpabilidade e ineficiência do sistema policial

Por Cristian Veronez15/07/2022 19h37
Foto: Divulgação

Seno clássico A Bela e a Fera espanadores, xícaras, bules e relógios de parede ganharam vida para contar uma história de amor, em Os Diálogos de Uma Cena de Crime, do escritor Diego Rates, é a vez das evidências de um assassinato protagonizarem uma narrativa eletrizante envolta em suspense e mistério.

Nesta obra repleta de realismo mágico, a arma usada para matar, as digitais deixadas para trás e o cadáver ganham status de testemunhas oculares de uma execução. Com personalidades marcantes e pontos de vista diferentes sobre o que realmente aconteceu, estes objetos até então inanimados promovem diálogos mórbidos hilariantes.

Naquele exato momento, as evidências se encontravam a caminho da delegacia. Não era tão longe de onde estavam, no apartamento da cena de crime. O falecido costumava se   gabar   da boa  localização de seu apartamento, enquanto ainda tinha vida. Agora se gabava um pouco menos. Às vezes a ironia do destino realmente é muito cruel. “Será que nós já estamos chegando?”, perguntou a Arma.

(Os Diálogos de Uma Cena de Crime, pg. 23)

Inspirado por nomes como Franz Kafka, Dostoievsk e Haruki Murakami, Rates faz de Os Diálogos de Uma Cena De Crime um verdadeiro exercício criativo. Com muita perspicácia, a obra responde questionamentos inerentes do gênero policial como “Quem é o’assassino?”, mas alcança o terreno do extraordinário ao elucidar a grande pergunta: “Como as evidências criaram vida?”.

Mesmo lúdica e bem-humorada, a narrativa explora temas relevantes como a ineficiência do sistema policial e a falta de recursos para a investigação e resolução de crimes violentos como os assassinatos. O livro também expõe os padrões de terceirização da culpa para aliviar os criminosos responsáveis.

0
0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe essa notícia

VER MAIS NOTÍCIAS