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Vanesa Bagio Mente em Foco
Psicóloga, empreendedora e especialista em saúde mental.
Vanesa Bagio é uma psicóloga apaixonada por desenvolvimento humano, dedicando sua carreira através de orientações para o autodesenvolvimento, auxiliando pessoas a descobrirem seu potencial e encontrar o equilíbrio emocional, com ampla experiência em atendimentos individualizado, familiares e casais, presencial e online, vêm transformado a vida de pessoas no Brasil e também no exterior.
Com formação em psicologia e especialização em diversas áreas, suas abordagens psicoterapêuticas combinam com técnicas, métodos criativos e dinâmicas psicológicas inovadoras, promovendo principalmente o controle da ansiedade.
Além de seu trabalho clínico, Vanesa possui mais de 10 anos de vivência na área de Recursos Humanos, o que lhe confere conhecimento sobre diversos aspectos relacionados ao mundo corporativo, atuando nas empresas em Recrutamento e Seleção, palestras, workshops e conteúdo educacional. Seu objetivo é capacitar as pessoas para superar desafios emocionais, promover a inteligência emocional, relacionamentos saudáveis e alcançar uma vida significativa.
Muito ativa na sociedade, além das especialidades, também é Practitioner em Programação Neurolinguística – PNL
O herói exausto: a construção masculina que sabota a saúde emocional. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio04/06/2025 15h00
Sabe aquele homem que parece dar conta de tudo? Trabalha demais, não reclama, tá sempre “resolvendo” tudo, não chora, não fala do que sente… Pois é, ele pode estar no limite e quase ninguém, ao seu redor, percebe.
Essa ideia de que o homem tem que ser forte o tempo todo está destruindo muitos por dentro. Na clínica, tenho visto de perto como esse papel de “super-herói” tem um custo alto e muitas vezes, esse custo é a própria saúde mental.
Desde pequenos, muitos meninos aprendem que sentir ou ter emoções é errado. Que homem de verdade não chora. Que tem que ser durão, forte, o provedor, o cara que aguenta tudo calado. E aí a vida passa, e esse mesmo menino vira um adulto que: trabalha até a exaustão, usa o sexo, o álcool ou a comida como válvula de escape, se irrita fácil e explode por qualquer coisa, e muitas vezes, não entende o que está sentindo, só sente que tá “desligando” por dentro.
Essa é a depressão oculta. Aquela que não aparece com tristeza, mas com raiva, excesso de trabalho, vícios ou isolamento. E o pior? Quase ninguém chama isso de depressão, sabe o motivo? Ele está na ativa, trabalhando, dando conta do que acredita ser o certo. Mas por dentro, esse ele está pedindo socorro.
Esse modelo de “homem que aguenta tudo” é aplaudido. Nas famílias, no trabalho, nas amizades. A gente romantiza esse tipo de homem, que nunca falta, que resolve tudo, que não desaba. Só que esse ser humano está adoecendo.
E o pior: ele acha que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Que ir na psicoterapia é “coisa de quem não tem o que fazer”. Resultado? Vai empurrando com a ‘barriga’ até não aguentar mais.
Como psicóloga, meu trabalho é ajudar esses homens a entender que sentir não é fraqueza. Que sentir medo, insegurança, tristeza é humano. Que não existe saúde mental sem espaço pra emoção. Que pedir ajuda é, na verdade, um baita ato de coragem.
Muitos desses homens só aprendem a colocar pra fora na psicoterapia. E quando colocam, é como se tirassem uma armadura de toneladas.
Por isso é hora de parar de exigir dos homens esse papel de herói. Eles não precisam salvar o mundo. Precisam se permitir ser reais. Se você é homem e se identificou com isso: sua dor é válida. Você não precisa dar conta de tudo sozinho. Se você convive com um homem assim: escute, incentive, acolha. Às vezes, a frase “oi, estou aqui se quiser conversar” já abre uma porta importante. Olhe para o lado e seja essa pessoa.
Seja homem” — diziam. Mas ninguém avisou que, para isso, era preciso primeiro aprender a ser humano.
Fique bem!
Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”
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A pressa adoece: o corpo não acompanha a cultura da correria. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio29/05/2025 15h00
Vivemos na era do “fazer mais em menos tempo”. Reuniões em sequência, metas inatingíveis, notificações sem fim. Ser ocupado virou símbolo de status.
Descansar? Só se for com culpa. E, nesse ritmo frenético, o corpo começa a cobrar a conta. Chega ao final do dia e a cobrança parece: ‘Parece que hoje eu não fiz’, na verdade fez tudo, mas quando a mente não descansa, essa é a sensação: de vazio emocional ou de satisfação.
Insônia, enxaquecas, gastrites, dores musculares inexplicáveis, taquicardia são sintomas que surgem silenciosamente, como se sussurrassem um alerta: “Algo dentro de você está pedindo pausa”. Mas, ignoramos. Tomamos um remédio, seguimos adiante. E o sussurro vira grito.
A cultura da correria nos ensinou a performar, não a sentir. A ser forte o tempo todo, mesmo quando estamos à beira do colapso. Falar que está cansado virou sinônimo de fraqueza. Mas a verdade é que não fomos feitos para operar no modo emergência todos os dias. Nosso sistema nervoso precisa de pausas. Nossas emoções, de espaço para existir. Nossa mente, de silêncio para se reorganizar.
A pressa adoece porque nos desconecta de nós mesmos. E um corpo desconectado da alma não encontra equilíbrio. A psicossomática — ciência que estuda como as emoções impactam diretamente a saúde física — comprova: o que não é expresso emocionalmente, será impresso fisicamente.
Recomendo algumas práticas para desacelerar e ouvir o próprio corpo:
Pratique micro-pausas diárias: 2 a 5 minutos entre uma tarefa e outra. Feche os olhos, respire profundamente e traga sua atenção para o corpo.
Desconecte-se para se reconectar: reduza o consumo de informações. Silenciar o celular por 30 minutos por dia é um ato de autocuidado.
Nomeie suas emoções: ao invés de dizer “estou estressado”, experimente identificar o que sente: angústia, sobrecarga, tristeza, irritação? Nomear é o primeiro passo para transformar.
Respeite seus limites físicos e mentais: fadiga constante, dor de cabeça, olhos trêmulos ou insônia recorrente não são “normais”. São sinais. Procure ajuda antes de colapsar.
Crie rituais de desaceleração: um banho mais longo, uma caminhada ao ar livre, uma música calma antes de dormir. Pequenos hábitos criam grandes mudanças no estado emocional.
Consulte um psicólogo: falar sobre o que se sente com um profissional é um ato de coragem e prevenção. Saúde emocional também é saúde.
A cura não está em produzir mais, mas em se escutar melhor. Está em desacelerar, respirar fundo e se perguntar: Como eu realmente estou? O que meu corpo está tentando me dizer? Porque, no fim, o maior sinal de força não é aguentar tudo calado — é ter coragem de parar, sentir e se cuidar.
Fique bem!
Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”
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Substituindo o vínculo real: o que os BEBÊS REBORN revelam sobre a SOLIDÃO EMOCIONAL?
Por Vanesa Bagio21/05/2025 15h00
Foto/Freepik
A saúde mental está cada vez mais em pauta, um fenômeno chama a atenção de psicólogos e profissionais da saúde: o crescente apego de adultos aos chamados bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam bebês humanos em detalhes admiráveis.
Se por um lado esses bonecos podem ser utilizados com finalidades terapêuticas ou até artísticas, por outro, o vínculo emocional intenso que algumas pessoas estabelecem com eles levanta um alerta importante: o quanto estamos substituindo vínculos reais por relações simbólicas para lidar com a solidão emocional?
Os bebês reborn surgiram como itens de colecionadores, mas hoje são adquiridos por pessoas em busca de conforto emocional. Em redes sociais, é possível ver vídeos de adultos cuidando desses bonecos como se fossem filhos — alimentando, trocando fraldas, colocando para dormir e até levando ao médico.
Enquanto muitos compram um reborn por afeto ou estética, há casos em que o apego excessivo está ligado a perdas não elaboradas, solidão crônica, depressão ou traumas afetivos. Em algumas situações, o reborn é uma forma inconsciente de “preencher” uma ausência — seja a de um filho, um relacionamento, ou até a de si mesmo.
Como psicóloga, tenho observado que o uso desses bonecos pode ser um sintoma de um sofrimento mais profundo que precisa ser acolhido e compreendido. Eles oferecem uma ilusão de vínculo e de controle: um bebê que não chora, que nunca cresce e que não rejeita. Mas também não devolve afeto real.
O papel da psicologia não é julgar, mas entender o que esse comportamento revela. Se um adulto encontra conforto em um reborn de forma saudável, sem prejuízos à vida social, afetiva e funcional, isso pode ser visto como um recurso simbólico. No entanto, quando a relação com o reborn substitui laços reais e compromete o bem-estar, é necessário buscar ajuda.
Fique atento se:
O contato com o bebê reborn se torna mais importante que relações humanas.
Você evita interações sociais para ficar com o boneco.
Sente angústia ou pânico ao se separar dele.
Usa o reborn para fugir de dores emocionais que não foram elaboradas (como perdas, traumas ou carências).
Percebe que está negligenciando a si mesmo em função dos cuidados com o boneco.
Dicas para lidar com a solidão emocional
Reconheça seus sentimentos: a solidão é um sinal de que precisamos de conexão.
Procure vínculos reais: reative laços antigos ou invista em novos, mesmo que de forma gradual.
Invista em psicoterapia: o psicólogo pode ajudar a elaborar traumas e redescobrir sua potência emocional.
Cuidado com o isolamento: o apego exagerado a vínculos simbólicos pode afastar do mundo real.
Os bebês reborn não são o problema em si. Eles apenas revelam o quanto, como sociedade, temos adoecido silenciosamente por falta de escuta, afeto e vínculos humanos significativos. Cuidar de um boneco pode aliviar a dor momentânea, mas não substitui o poder de um abraço real, de uma conversa profunda ou de uma presença amorosa.
Se você se identificou com esse tema, não hesite em procurar ajuda psicológica. Cuidar da sua saúde emocional é o passo mais verdadeiro rumo à sua evolução de autoconhecimento.
Fique bem!
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Sempre correndo, nunca chegando: a ilusão da urgência contínua. Por Vanesa Bagio
Por Vanesa Bagio15/05/2025 15h00
Foto/Freepik.com
A cena se repete todos os dias: despertador tocando cedo, café apressado, agenda cheia, correria no trânsito, tarefas acumuladas, notificações no celular que não param. No fim do dia, a sensação é uma só: “Fiz tanto, mas parece que não fiz nada”.
Esse sentimento frequente de insuficiência está longe de ser um problema individual. Trata-se de um fenômeno contemporâneo cada vez mais estudado: a ilusão da urgência contínua.
Esse senso de urgência, quando bem dosado, é saudável. Ele nos ajuda a reagir com foco e agilidade diante de situações críticas. Mas viver nesse modo o tempo todo tem consequências perigosas. Quando tudo é urgente, nada é prioridade. O corpo e a mente entram num estado de alerta constante, como se estivéssemos o tempo todo diante de uma ameaça invisível.
Na prática, isso significa que o organismo ativa o chamado sistema nervoso simpático, responsável pelas reações de luta ou fuga. Essa ativação contínua pode levar a um quadro de estresse crônico, gerando sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia, problemas digestivos e até dificuldade de memória e concentração.
Podemos reconhecer esse padrão comportamental como síndrome da pressa, ou seja, quando a pessoa sente urgência constante, mesmo sem necessidade real. Está no hábito de falar rápido, não olhar para as pessoas durante uma conversa, se irritar com filas, checar o celular o tempo todo, realizar várias tarefas ao mesmo tempo e sentir culpa ao descansar.
Por trás dessa urgência crônica, muitas vezes existe uma necessidade de validação externa. Ou seja, o indivíduo busca se sentir útil, produtivo e reconhecido o tempo todo, como se sua autoestima estivesse diretamente ligada ao quanto ele faz — e não ao que ele é.
A boa notícia é que é possível sair desse ciclo. O primeiro passo é tomar consciência do ritmo de vida atual e avaliar o que realmente tem valor. Desacelerar não é sinônimo de fracasso. Ao contrário, é um movimento de inteligência emocional e coragem, especialmente em uma cultura que glorifica o excesso de produtividade.
Sugiro incluir pequenas pausas ao longo do dia, aprender a dizer “não” sem culpa e criar momentos de silêncio e reflexão. “Muitos pacientes relatam que, ao desacelerar, percebem que estavam correndo por medo de não serem bons o bastante, e não por um propósito real.
Refita sobre: “A pergunta que devemos fazer não é ‘o que falta fazer?’, mas sim ‘para onde estou indo com tanta pressa?’”
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