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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
COP 30: O Circo da Hipocrisia. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso10/11/2025 14h00
Foto/@Tania Rego/Agência Brasil
A tão alardeada COP 30, anunciada como símbolo de liderança ambiental e compromisso com a sustentabilidade, revela-se, na verdade, uma das maiores farsas políticas já encenadas em solo brasileiro. Sob o discurso sedutor da “salvação do planeta”, o evento se transforma em um verdadeiro circo político, montado para enganar a população e servir de vitrine eleitoral para os que pretendem se perpetuar no poder.
A hipocrisia atinge o auge quando se vê a logística do próprio evento: centenas de aviões particulares, hospedagens de luxo, toneladas de resíduos gerados e emissões altíssimas de carbono. Prega-se sustentabilidade e preservação ambiental, mas quilômetros de floresta foram derrubados para dar acesso ao evento. Iates de luxo queimam milhares de litros de óleo nos rios amazônicos para transportar autoridades e celebridades, em um espetáculo de esnobação e contradição. Tudo isso em nome de um suposto compromisso com o meio ambiente — uma ironia que beira o absurdo.
Por trás dos discursos emocionados e das promessas vazias, esconde-se um projeto político e econômico bilionário, bancado por elites globais que exploram petróleo e outros recursos naturais. O chamado “terrorismo climático” se tornou uma ferramenta de manipulação: cientistas que ousam questionar a narrativa dominante são perseguidos, silenciados e rotulados de “negacionistas”. Enquanto isso, os verdadeiros problemas do país — a miséria, a violência, a falta de saneamento e de saúde pública — continuam ignorados.
É revoltante constatar que quase metade da população brasileira ainda não tem acesso a rede de esgoto ou água potável, mas o governo não hesita em gastar bilhões em um evento vazio, que nada acrescentará ao desenvolvimento nacional. Pelo contrário, deixará apenas o rastro já conhecido de corrupção, desperdício e vergonha internacional. A prometida “liderança verde” virou piada mundial: o Brasil, que deveria ser exemplo de seriedade, hoje é visto como palco de trapalhadas e improvisos.
A COP 30 é mais do que um fracasso — é o retrato fiel de um país comandado por políticos que usam a pauta ambiental como escudo ideológico e fonte de poder. Uma encenação milionária para enganar os ingênuos e enriquecer os espertos. Em vez de cuidar da população, constroem palanques. Em vez de resultados, oferecem discursos. O Brasil merecia respeito, não mais uma farsa travestida de causa nobre.
A COP 30, portanto, simboliza o retrato mais nítido da incoerência ambiental brasileira. Fala-se em futuro sustentável enquanto se destrói o presente. Faz-se propaganda com o verde, mas alimenta-se o cinismo com o dinheiro público. O planeta precisa, sim, de mudanças — mas antes de conferências espetaculares, precisa de governantes que pratiquem o que pregam.
*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.
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Halloween, a celebração das trevas. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso27/10/2025 15h00
Foto/Ilustrativa
Nos últimos anos, o Halloween tem ganhado força no Brasil, especialmente entre crianças e jovens, impulsionado pelas redes sociais, pela mídia e, lamentavelmente, por muitas escolas. Fantasias sombrias, caveiras, bruxas e abóboras decoram salas de aula como se tudo não passasse de uma brincadeira inocente. No entanto, é urgente refletir sobre o real significado dessa celebração e os valores que ela carrega — sobretudo sob a perspectiva cristã e cultural brasileira.
Antes de tudo, é importante destacar que o Halloween não faz parte do folclore nem da tradição nacional. O Brasil possui uma riqueza imensa de manifestações culturais autênticas, que expressam a identidade, a fé e a alegria do nosso povo. Importar uma festa estrangeira de origem pagã, que exalta o medo, a morte e as trevas, é um erro que contribui para o esvaziamento de nossa própria cultura e valores.
Sob a ótica cristã, a questão é ainda mais séria. A Bíblia é clara ao advertir sobre os males espirituais que cercam práticas que celebram o ocultismo. Em Efésios 5:11, lemos: “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” Celebrar o Halloween, portanto, é contradizer o Evangelho e abrir espaço, ainda que simbolicamente, para a exaltação do mal em detrimento do bem.
Essa festa, apresentada muitas vezes como simples diversão, promove o medo, a morte e o grotesco, conduzindo mentes jovens a normalizarem o que é sombrio. O que se vende como “diversão inocente” é, na verdade, uma forma disfarçada de banalização do mal e da violência, além de estar carregada de simbolismos espirituais que não condizem com a fé cristã nem com os princípios da formação humana.
É aqui que entra a responsabilidade das escolas e dos educadores. O ambiente escolar deve ser espaço de formação integral, voltado à construção do conhecimento, da ética e da cidadania — e não palco para celebrações que ferem princípios morais e espirituais. As escolas precisam romper com esse tipo de prática, que expõe as crianças a conteúdos que não compreendem e que podem causar confusão de valores.
Cabe aos professores e gestores educacionais assumirem o compromisso de esclarecer os alunos e as famílias sobre o verdadeiro significado do Halloween, promovendo atividades que celebrem a vida, a solidariedade e a esperança — e não o medo, a morte e o sobrenatural maligno. A educação deve ser instrumento de luz, e não um canal para que as trevas encontrem espaço na mente e no coração das crianças.
Recusar o Halloween, portanto, não é um ato de intolerância, mas de fé, consciência e responsabilidade cultural e espiritual. É dizer “sim” à vida e “não” à morte; “sim” à luz e “não” às trevas.
Que os cristãos brasileiros, em vez de se deixarem seduzir por modismos estrangeiros, possam reafirmar seus valores, suas raízes e a fé naquele que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12).
*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.
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Dia das Crianças. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso13/10/2025 15h00
Imagem/Pinterest
O Dia das Crianças é tradicionalmente uma data de sorrisos, presentes e festas. No entanto, por trás das vitrines coloridas e das propagandas emotivas, esconde-se uma dura realidade: o Brasil está longe de ser um país que realmente protege e valoriza sua infância. Enquanto milhões de pequenos recebem brinquedos, outros tantos sofrem com a fome, a violência e a falta de oportunidades.
Em pleno século XXI, ainda convivemos com o abuso sexual infantil, crime brutal que destrói vidas e se perpetua pela omissão e pela impunidade. A exploração do trabalho infantil continua a roubar a infância de milhares de meninos e meninas que trocam os brinquedos por ferramentas, o lazer pela exaustão. São crianças invisíveis aos olhos de um Estado que fecha os olhos diante do sofrimento.
A educação, que deveria ser o alicerce do futuro, também padece. Escolas com estruturas precárias, professores desvalorizados e currículos distantes da realidade social contribuem para uma geração sem perspectiva. Além disso, muitas instituições se tornaram ambientes ideológicos, onde a formação crítica e humana cede espaço à doutrinação e à polarização.
Mas não é apenas o Estado que falha. A família, primeira e mais importante base de proteção da criança, também tem se mostrado ausente em muitos lares. Falta responsabilidade, presença e diálogo. Muitos pais, por descuido, negligência ou comodismo, transferem à escola ou à internet o papel de educar, esquecendo que valores, limites e afeto nascem dentro de casa. Sem essa base, cresce uma geração vulnerável, desorientada e facilmente manipulável.
Faltam políticas públicas sérias, investimentos consistentes e, principalmente, vontade política. Um país que negligencia suas crianças — seja por omissão governamental ou pela irresponsabilidade familiar — não tem futuro. São elas que deveriam ocupar o centro das prioridades nacionais: na saúde, na educação, na cultura e no lazer.
Celebrar o Dia das Crianças, portanto, deveria ir muito além do consumo. É tempo de reflexão. De enxergar que o verdadeiro presente para a infância brasileira seria um país onde nenhuma criança sofresse violência, passasse fome ou fosse privada do direito de sonhar.
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A crise da educação brasileira: O problema está na base. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso30/09/2025 15h00
O Brasil atravessa uma crise sem precedentes na qualidade da educação, visível tanto no ensino básico quanto nas universidades. No entanto, é no alicerce do sistema que está a gravidade do problema: a precariedade do ensino fundamental e médio. Sem uma base sólida, dificilmente o estudante terá condições de avançar com qualidade para etapas mais complexas da formação acadêmica.
A educação básica brasileira está entre as vinte piores do mundo nas áreas analisadas: leitura, matemática e ciências, ficando classificada em último lugar na América do Sul junto com a Argentina e o Peru. Apenas 7,7% dos alunos concluem o ensino médio com aprendizagem adequada em português e matemática. Somos o quarto país do mundo com a maior proporção de jovens que não estudam e não trabalham. Chega a 24% o número de brasileiros que estão nessa situação. Quase o dobro da média dos países desenvolvidos. Isso é consequência de décadas de uma política assistencialista do governo que cria ilusão de que o Estado tudo resolve. comprando consciências, promovendo a ignorância coletiva para perpetuação no poder. Estamos vivendo o apocalipse da ignorância, pois quanto mais ignorantes as pessoas, mais fácil de serem dominadas.
O investimento na educação básica é quatro vezes menor do que o investimento no ensino superior. Qual a lógica para isso, se é na base que se prepara o terreno? É muito claro: é lá que o ciclo se completa. Os alunos chegam desprovidos de conhecimentos, despreparados, desmotivados, sem perspectivas levando muitos a desistirem no caminho. Não foram preparados para lutar com esforço próprio, ter disciplina, dedicação na busca da prosperidade. E assim vai se perpetuando a miséria com cidadãos encurralados na estagnação.
Outro fator determinante é a falta de qualificação dos profissionais. Muitos professores chegam às salas de aula sem preparo adequado, o que compromete diretamente o processo de aprendizagem. Soma-se a isso a realidade de escolas públicas mal estruturadas, sem bibliotecas, laboratórios ou recursos tecnológicos que despertem o interesse e ampliem o conhecimento dos alunos. A falta de estrutura interfere no processo de ensino e aprendizagem gerando desinteresse nos estudos.
Portanto, a crise da educação brasileira não pode ser explicada apenas por políticas pontuais ou pela falta de qualidade das universidades. O problema está na raiz, no abandono do ensino básico. Investir em professores bem capacitados, escolas equipadas e metodologias de ensino eficazes é a única saída para romper esse ciclo e oferecer às novas gerações a educação de qualidade que o país tanto necessita.