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BLOG

Ana Maria Dalsasso
Educação

É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

A normalização do anormal. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso16/09/2025 15h30
Foto/Projeto Inove

A sociedade contemporânea tem testemunhado uma preocupante inversão de valores, na qual princípios essenciais à convivência humana estão perdendo espaço para atitudes marcadas pelo egoísmo, pela intolerância e pela ausência de responsabilidade. A deterioração dos princípios morais, éticos e sociais, outrora considerados prioritários, traz consigo uma série de consequências que afetam a convivência humana, incluindo relações familiares, profissionais e sociais.  A sociedade está doente.

Um dos aspectos mais alarmantes é a crescente falta de respeito ao próximo. Atitudes de hostilidade e agressividade tornam-se frequentes, seja no convívio cotidiano, seja nas redes sociais, onde o anonimato favorece a propagação de discursos de ódio. Nesse cenário, desejar a morte de alguém — algo que deveria soar impensável — tornou-se, infelizmente, uma expressão comum, evidenciando o enfraquecimento da empatia e do valor da vida. E o pior, partindo de jovens, professores, autoridades, profissionais que deveriam ser referência, a exemplo do que acompanhamos essa semana com o assassinato do jovem americano.

O desrespeito a figuras de autoridade, como professores e pais, também reflete esse processo de degradação. O espaço escolar, que deveria ser de aprendizado e valorização do conhecimento, muitas vezes é palco de atitudes de indisciplina e desconsideração. Muitas salas de aula tornaram-se espaço de doutrinação, onde ideologias contrárias aos valores morais são disseminadas. Do mesmo modo, a relação entre pais e filhos se vê fragilizada pela falta de diálogo e pela perda de referências éticas, comprometendo a formação de cidadãos conscientes.

Outro ponto a se destacar é a ausência de ética e de comprometimento. A busca pelo benefício próprio, mesmo que em detrimento do coletivo, tornou-se prática recorrente. A negligência com responsabilidades, seja na vida profissional, seja no exercício da cidadania, demonstra como valores fundamentais, como honestidade, solidariedade e compromisso social, são frequentemente deixados de lado.

Além disso, instituições que deveriam ser guardiãs da ética — como a família, a escola e até o Estado — enfrentam dificuldades em manter sua função formadora. Quando exemplos de corrupção, impunidade e intolerância tornam-se frequentes no espaço público, a sociedade tende a normalizar condutas que deveriam ser condenáveis. Assim, o que antes era visto como desvio de caráter passa, gradualmente, a ser interpretado como habilidade ou esperteza. Entretanto, reconhecer essa inversão não implica aceitar sua permanência.

Assim, a inversão de valores não é fruto do acaso, mas da negligência com a formação ética nas famílias, escolas e instituições sociais. Se a sociedade continuar tratando o egoísmo como esperteza e a falta de limites como liberdade, será inevitável o colapso das relações humanas. É necessário romper esse ciclo, denunciando e combatendo as atitudes que contribuem para a degradação dos princípios que sustentam o convívio civilizado. Mais do que evoluir tecnologicamente, é preciso evoluir moralmente, e isso exige uma mudança de mentalidade coletiva.

 

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.

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Quem é Paulo Freire? Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso02/09/2025 15h00

Falar sobre Paulo Freire, o dito herói da educação brasileira, sob a ótica de uma educadora “à moda antiga”, certamente vai gerar polêmica entre a atual geração de professores, que doutrinados foram pelo método da “Pedagogia do Oprimido”, contribuindo assim para que o caos se instalasse no sistema educacional do país.

Paulo Freire foi um extremista de esquerda, um comunista, um dos maiores responsáveis pela decadência da educação no Brasil. Definia como objetivo da educação o desenvolvimento da consciência social, a luta de classe, buscando a produção em massa de militantes de esquerda, relegando a segundo plano a busca pelo conhecimento para formar cidadãos mais produtivos e competitivos na sociedade, conscientes de sua responsabilidade.

Hoje o país paga o alto preço da ignorância. Nossos estudantes têm as piores notas em avaliações internacionais. Dizem as pesquisas que são necessários cinco brasileiros para produzir o que um americano produz. Temos pessoas sem cultura, sem capacidade, sem espírito crítico, grande número de analfabetos funcionais, aos quais são negadas as ferramentas intelectuais básicas para o desenvolvimento cognitivo. Sem o conhecimento são   verdadeiras massas de manobra.

Paulo Freire, o “Patrono da Educação”, a meu ver não é merecedor de tão honroso título, defendido por tantos, porém sem ser realmente conhecido pela maioria. Sem medo de errar: grande parte dos professores não conhecem Paulo Freire, alguns sequer leram sua biografia, ignoram a face oculta da história. Triste constatação, mas é a realidade.  Doutrinou perfeitamente, e seus doutrinados foram cumprindo à risca seus ensinamentos, para hoje termos uma educação totalmente deteriorada. Só não enxerga que não quer.

Paulo Freire não criou uma proposta de ensino; criou um manifesto político, por meio do qual as crianças tornaram-se desobedientes de formas diferentes:  rejeitando a autoridade, desprezando o conteúdo e valorizando o ativismo, e passando a ver os pais como opressores.

Na Pedagogia do Oprimido a alfabetização foi relegada a segundo plano; o objetivo era transformar o aluno em agente social de mudança. O aluno não precisava aprender, mas sim combater, questionar e resistir. Pai, professor, patrão eram chamados de opressores. Disciplina virou opressão, o erro foi normalizado. O aluno é ensinado a fazer tudo por militância; a sala de aula virou espaço de luta. A família começou a ser vista como estrutura opressora, os pais como problemas e a escola como ferramenta para a revolução cultural. Mas, que revolução é essa se a cada dia mais cresce o número de analfabetos funcionais, verdadeira massa de manobra, incluindo jovens professores que já chegam completamente doutrinados?

Paulo Freire foi um atraso ao desenvolvimento das potencialidades. Não precisa ser intelectual para perceber o estrago que fez à nação brasileira. Sua pedagogia não consiste num método de ensino, mas na defesa de uma educação instrumentalizada para formação de militantes revolucionários. E mais: o Brasil é o único país do mundo em que o pensamento de Paulo Freire teve profunda penetração política.

 

 

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.

 

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Causas e consequências da falta de leitura. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso19/08/2025 15h00
Imagem/Pinterest

A leitura é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento pessoal e social de qualquer nação. No Brasil, no entanto, a falta de leitura tem se tornado um fenômeno alarmante, com implicações profundas na formação cultural, intelectual e na cidadania dos indivíduos. Para entender as causas e consequências desse cenário, é necessário abordar tanto os fatores que contribuem para a escassez de hábitos de leitura, quanto os impactos que essa ausência provoca no cidadão.

Muitas são as causas da falta de leitura, mas a ausência de políticas públicas eficazes que promovam a leitura desde a infância é um fator determinante. O incentivo à leitura nas escolas é muitas vezes negligenciado, e o currículo escolar frequentemente prioriza conteúdos que não despertam o interesse dos alunos, afastando-os dos livros.

A cultura e a mídia também desempenham um papel significativo na promoção ou na desvalorização da leitura. O consumo de entretenimento por meio de televisão e internet tende a ser mais atrativo do que a leitura. As redes sociais, por exemplo, se tornaram um espaço onde o tempo e a atenção são consumidos rapidamente, o que pode desincentivar a leitura de obras mais complexas e que demandem maior concentração.

As consequências da falta de leitura são alarmantes e afetam diretamente a formação do cidadão. O déficit no hábito de ler prejudica o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade analítica. Os indivíduos que não têm acesso a uma boa formação literária tendem a ter dificuldade em interpretar textos, o que impacta sua atuação em diversos contextos, desde o acadêmico até o profissional. A falta de leitura aumenta a intolerância e a desinformação, horizontes são tolhidos, o conhecimento é negado, aliena-se o cidadão, tornando-o massa de manobra de quem detém o poder.

A ausência de habilidades críticas gera um ciclo de apatia, onde os cidadãos não se sentem motivados a participar ativamente nas decisões que afetam suas vidas, como a política e a cidadania. Dessa forma, o Brasil carece de um eleitorado cidadão e consciente, elementos essenciais para o fortalecimento da democracia.

Professores precisam acordar para essa realidade. É preciso que se retome o hábito de leitura em nossas crianças e jovens, pois estamos formando analfabetos funcionais. Cerca de trinta por cento da população brasileira hoje não consegue compreender textos simples nem realizar operações matemáticas básicas. As novas gerações estão emburrecendo muito rapidamente. Daí a pergunta: o que será do futuro que hoje se faz?

Enquanto isso, o governo anuncia que em 2026 não serão distribuídos livros didáticos por falta de dinheiro. O que esperar de um mandatário analfabeto, cercado por um bando de irresponsáveis e individualistas que legislam em causa própria? Que país é este?

Lembrando que Monteiro Lobato escreveu: “Um país se faz com homens e livros”, enfatizando a importância tanto da educação e do conhecimento, simbolizados pelos livros, quanto da ação e participação dos cidadãos na construção de uma nação. Mas, parece que no Brasil estamos deficitários não só de livros, mas muito mais de homens de bem que pensem o futuro das novas gerações.

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Prós e contras do uso da IA. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso05/08/2025 15h30
Foto/IA

Semana anterior discorremos sobre o uso da Inteligência Artificial na comunicação: suas implicações, sua influência não apenas na comunicação interpessoal, mas também na comunicação empresarial e social. Mas, como em tudo no mundo, tem seus prós e contras, os quais tentaremos abordar neste espaço.  destacando a sua relevância e as preocupações que surgem a partir desse avanço tecnológico.

Entre os prós do uso da Inteligência Artificial, destaca-se a eficiência e agilidade nos processos. A IA pode processar grandes volumes de informações em um tempo reduzido, superando a capacidade humana em tarefas repetitivas e análises de dados complexas. Isso resulta em melhorias significativas na produtividade em setores como indústria, serviços e saúde. Além disso, a IA pode contribuir para a inovação, permitindo o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções que podem beneficiar a sociedade, como diagnósticos médicos mais precisos e serviços personalizados.

Outro ponto a favor da IA é a sua capacidade de auxiliar na tomada de decisões. Sistemas baseados em IA podem analisar padrões e fornecer “insights” valiosos para empresas e organizações, facilitando escolhas estratégicas e diminuindo riscos. A automação de processos também é um aspecto positivo, uma vez que libera os trabalhadores de tarefas monótonas, permitindo que se concentrem em atividades mais criativas e de maior valor agregado.

Entretanto, o uso da Inteligência Artificial também apresenta desafios e preocupações que não podem ser ignorados. Um dos principais contras é a questão do desemprego. A automação pode levar à substituição de empregos, principalmente em setores que dependem de mão de obra manual. Isso suscita a necessidade de requalificação da força de trabalho e gera incertezas sobre o futuro profissional de milhões de pessoas.

Além disso, a utilização da IA levanta questões éticas e de privacidade. Algoritmos de reconhecimento facial e análise de dados pessoais podem ser utilizados de maneira abusiva, comprometendo a privacidade dos indivíduos. A falta de transparência nos processos de decisão da IA também é preocupante, pois pode levar a discriminações e injustiças, especialmente se os dados utilizados forem tendenciosos.

Por fim, é essencial que o desenvolvimento e a implementação da Inteligência Artificial sejam acompanhados de regulações adequadas. A promoção de um uso responsável e ético da tecnologia pode garantir que seus benefícios sejam amplamente compartilhados, minimizando os riscos associados. Resumindo, o uso da IA traz consigo uma gama de prós e contras que devem ser cuidadosamente considerados para que possamos aproveitar suas potencialidades de forma segura e justa.

 

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