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BLOG

Ana Maria Dalsasso
Educação

É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

Halloween, a celebração das trevas. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso27/10/2025 15h00
Foto/Ilustrativa

Nos últimos anos, o Halloween tem ganhado força no Brasil, especialmente entre crianças e jovens, impulsionado pelas redes sociais, pela mídia e, lamentavelmente, por muitas escolas. Fantasias sombrias, caveiras, bruxas e abóboras decoram salas de aula como se tudo não passasse de uma brincadeira inocente. No entanto, é urgente refletir sobre o real significado dessa celebração e os valores que ela carrega — sobretudo sob a perspectiva cristã e cultural brasileira.

Antes de tudo, é importante destacar que o Halloween não faz parte do folclore nem da tradição nacional. O Brasil possui uma riqueza imensa de manifestações culturais autênticas, que expressam a identidade, a fé e a alegria do nosso povo. Importar uma festa estrangeira de origem pagã, que exalta o medo, a morte e as trevas, é um erro que contribui para o esvaziamento de nossa própria cultura e valores.

Sob a ótica cristã, a questão é ainda mais séria. A Bíblia é clara ao advertir sobre os males espirituais que cercam práticas que celebram o ocultismo. Em Efésios 5:11, lemos: “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” Celebrar o Halloween, portanto, é contradizer o Evangelho e abrir espaço, ainda que simbolicamente, para a exaltação do mal em detrimento do bem.

Essa festa, apresentada muitas vezes como simples diversão, promove o medo, a morte e o grotesco, conduzindo mentes jovens a normalizarem o que é sombrio. O que se vende como “diversão inocente” é, na verdade, uma forma disfarçada de banalização do mal e da violência, além de estar carregada de simbolismos espirituais que não condizem com a fé cristã nem com os princípios da formação humana.

É aqui que entra a responsabilidade das escolas e dos educadores. O ambiente escolar deve ser espaço de formação integral, voltado à construção do conhecimento, da ética e da cidadania — e não palco para celebrações que ferem princípios morais e espirituais. As escolas precisam romper com esse tipo de prática, que expõe as crianças a conteúdos que não compreendem e que podem causar confusão de valores.

Cabe aos professores e gestores educacionais assumirem o compromisso de esclarecer os alunos e as famílias sobre o verdadeiro significado do Halloween, promovendo atividades que celebrem a vida, a solidariedade e a esperança — e não o medo, a morte e o sobrenatural maligno. A educação deve ser instrumento de luz, e não um canal para que as trevas encontrem espaço na mente e no coração das crianças.

Recusar o Halloween, portanto, não é um ato de intolerância, mas de fé, consciência e responsabilidade cultural e espiritual. É dizer “sim” à vida e “não” à morte; “sim” à luz e “não” às trevas.

Que os cristãos brasileiros, em vez de se deixarem seduzir por modismos estrangeiros, possam reafirmar seus valores, suas raízes e a fé naquele que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12).

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.

 

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Dia das Crianças. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso13/10/2025 15h00
Imagem/Pinterest

O Dia das Crianças é tradicionalmente uma data de sorrisos, presentes e festas. No entanto, por trás das vitrines coloridas e das propagandas emotivas, esconde-se uma dura realidade: o Brasil está longe de ser um país que realmente protege e valoriza sua infância. Enquanto milhões de pequenos recebem brinquedos, outros tantos sofrem com a fome, a violência e a falta de oportunidades.

Em pleno século XXI, ainda convivemos com o abuso sexual infantil, crime brutal que destrói vidas e se perpetua pela omissão e pela impunidade. A exploração do trabalho infantil continua a roubar a infância de milhares de meninos e meninas que trocam os brinquedos por ferramentas, o lazer pela exaustão. São crianças invisíveis aos olhos de um Estado que fecha os olhos diante do sofrimento.

A educação, que deveria ser o alicerce do futuro, também padece. Escolas com estruturas precárias, professores desvalorizados e currículos distantes da realidade social contribuem para uma geração sem perspectiva. Além disso, muitas instituições se tornaram ambientes ideológicos, onde a formação crítica e humana cede espaço à doutrinação e à polarização.

Mas não é apenas o Estado que falha. A família, primeira e mais importante base de proteção da criança, também tem se mostrado ausente em muitos lares. Falta responsabilidade, presença e diálogo. Muitos pais, por descuido, negligência ou comodismo, transferem à escola ou à internet o papel de educar, esquecendo que valores, limites e afeto nascem dentro de casa. Sem essa base, cresce uma geração vulnerável, desorientada e facilmente manipulável.

Faltam políticas públicas sérias, investimentos consistentes e, principalmente, vontade política. Um país que negligencia suas crianças — seja por omissão governamental ou pela irresponsabilidade familiar — não tem futuro. São elas que deveriam ocupar o centro das prioridades nacionais: na saúde, na educação, na cultura e no lazer.

Celebrar o Dia das Crianças, portanto, deveria ir muito além do consumo. É tempo de reflexão. De enxergar que o verdadeiro presente para a infância brasileira seria um país onde nenhuma criança sofresse violência, passasse fome ou fosse privada do direito de sonhar.

 

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A crise da educação brasileira: O problema está na base. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso30/09/2025 15h00

O Brasil atravessa uma crise sem precedentes na qualidade da educação, visível tanto no ensino básico quanto nas universidades. No entanto, é no alicerce do sistema que está a gravidade do problema: a precariedade do ensino fundamental e médio. Sem uma base sólida, dificilmente o estudante terá condições de avançar com qualidade para etapas mais complexas da formação acadêmica.

A educação básica brasileira está entre as vinte piores do mundo nas áreas analisadas: leitura, matemática e ciências, ficando classificada em último lugar na América do Sul junto com a Argentina e o Peru. Apenas 7,7% dos alunos concluem o ensino médio com aprendizagem adequada em português e matemática. Somos o quarto país do mundo com a maior proporção de jovens que não estudam e não trabalham. Chega a 24% o número de brasileiros que estão nessa situação. Quase o dobro da média dos países desenvolvidos. Isso é consequência de décadas de uma política assistencialista do governo que cria ilusão de que o Estado tudo resolve. comprando consciências, promovendo a ignorância coletiva para perpetuação no poder. Estamos vivendo o apocalipse da ignorância, pois quanto mais ignorantes as pessoas, mais fácil de serem dominadas.

O investimento na educação básica é quatro vezes menor do que o investimento no ensino superior. Qual a lógica para isso, se é na base que se prepara o terreno? É muito claro: é lá que o ciclo se completa. Os alunos chegam desprovidos de conhecimentos, despreparados, desmotivados, sem perspectivas levando muitos a desistirem no caminho. Não foram preparados para lutar com esforço próprio, ter disciplina, dedicação na busca da prosperidade.  E assim vai se perpetuando a miséria com cidadãos encurralados na estagnação.

Outro fator determinante é a falta de qualificação dos profissionais. Muitos professores chegam às salas de aula sem preparo adequado, o que compromete diretamente o processo de aprendizagem. Soma-se a isso a realidade de escolas públicas mal estruturadas, sem bibliotecas, laboratórios ou recursos tecnológicos que despertem o interesse e ampliem o conhecimento dos alunos. A falta de estrutura interfere no processo de ensino e aprendizagem gerando desinteresse nos estudos.

Portanto, a crise da educação brasileira não pode ser explicada apenas por políticas pontuais ou pela falta de qualidade das universidades. O problema está na raiz, no abandono do ensino básico. Investir em professores bem capacitados, escolas equipadas e metodologias de ensino eficazes é a única saída para romper esse ciclo e oferecer às novas gerações a educação de qualidade que o país tanto necessita.

 

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A normalização do anormal. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso16/09/2025 15h30
Foto/Projeto Inove

A sociedade contemporânea tem testemunhado uma preocupante inversão de valores, na qual princípios essenciais à convivência humana estão perdendo espaço para atitudes marcadas pelo egoísmo, pela intolerância e pela ausência de responsabilidade. A deterioração dos princípios morais, éticos e sociais, outrora considerados prioritários, traz consigo uma série de consequências que afetam a convivência humana, incluindo relações familiares, profissionais e sociais.  A sociedade está doente.

Um dos aspectos mais alarmantes é a crescente falta de respeito ao próximo. Atitudes de hostilidade e agressividade tornam-se frequentes, seja no convívio cotidiano, seja nas redes sociais, onde o anonimato favorece a propagação de discursos de ódio. Nesse cenário, desejar a morte de alguém — algo que deveria soar impensável — tornou-se, infelizmente, uma expressão comum, evidenciando o enfraquecimento da empatia e do valor da vida. E o pior, partindo de jovens, professores, autoridades, profissionais que deveriam ser referência, a exemplo do que acompanhamos essa semana com o assassinato do jovem americano.

O desrespeito a figuras de autoridade, como professores e pais, também reflete esse processo de degradação. O espaço escolar, que deveria ser de aprendizado e valorização do conhecimento, muitas vezes é palco de atitudes de indisciplina e desconsideração. Muitas salas de aula tornaram-se espaço de doutrinação, onde ideologias contrárias aos valores morais são disseminadas. Do mesmo modo, a relação entre pais e filhos se vê fragilizada pela falta de diálogo e pela perda de referências éticas, comprometendo a formação de cidadãos conscientes.

Outro ponto a se destacar é a ausência de ética e de comprometimento. A busca pelo benefício próprio, mesmo que em detrimento do coletivo, tornou-se prática recorrente. A negligência com responsabilidades, seja na vida profissional, seja no exercício da cidadania, demonstra como valores fundamentais, como honestidade, solidariedade e compromisso social, são frequentemente deixados de lado.

Além disso, instituições que deveriam ser guardiãs da ética — como a família, a escola e até o Estado — enfrentam dificuldades em manter sua função formadora. Quando exemplos de corrupção, impunidade e intolerância tornam-se frequentes no espaço público, a sociedade tende a normalizar condutas que deveriam ser condenáveis. Assim, o que antes era visto como desvio de caráter passa, gradualmente, a ser interpretado como habilidade ou esperteza. Entretanto, reconhecer essa inversão não implica aceitar sua permanência.

Assim, a inversão de valores não é fruto do acaso, mas da negligência com a formação ética nas famílias, escolas e instituições sociais. Se a sociedade continuar tratando o egoísmo como esperteza e a falta de limites como liberdade, será inevitável o colapso das relações humanas. É necessário romper esse ciclo, denunciando e combatendo as atitudes que contribuem para a degradação dos princípios que sustentam o convívio civilizado. Mais do que evoluir tecnologicamente, é preciso evoluir moralmente, e isso exige uma mudança de mentalidade coletiva.

 

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal.

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