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BLOG

Rafael De Conti
Urologia & Saúde Sexual Masculina

Dr. Rafael De Conti
CRM: Nº 11042 / RQE: Nº 5242
O Dr. Rafael De Conti atua desde 2005 no sul do Estado de Santa Catarina. É médico graduado pela Universidade Federal de Ciências Médicas (UFCSPA), em Porto Alegre (RS).

Curso de Medicina na Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre - FFFCMPA – (atual UFCSPA).

Residência Médica em Cirurgia Geral - Título de Especialista pelo CRM-SC e Conselho Federal de Medicina.

Residência Médica em Urologia no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, pela UFSCPA (RS).

Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.

Preceptor e Instrutor de cirurgia do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital São José, em Criciúma - SC.

Professor do curso de medicina da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), disciplina de Urologia.

Membro da American Urological Association.

Médico Urologista do Corpo Clínico do Hospital São José, São João Batista e Unimed - Criciúma - SC.

Revolução no Tratamento Cirúrgico da Hiperplasia Benigna da Próstata. Por Dr Rafael De Conti

Por Rafael De Conti12/06/2025 15h00
Foto/Reprodução Internet

Conforme colocado no texto anterior, onde conversamos sobre a enucleação prostática a laser (HOLEP), hoje vou explicar o que é o Rezum.

O Rezum tem a vantagem de ser um procedimento muito rápido: o paciente é somente sedado, e o procedimento é realizado em poucos minutos. É indicado principalmente para homens jovens que precisam de cirurgia da próstata e desejam preservar a ejaculação, ou para pacientes muito idosos, com múltiplas doenças, que necessitam passar por uma cirurgia de curta duração (poucos minutos). A principal desvantagem é que, por ser um tratamento menos agressivo, os resultados também são efetivos por menos anos.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição comum em homens acima dos 50 anos, caracterizada pelo crescimento excessivo da glândula prostática, levando a sintomas urinários incômodos, como dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária e esvaziamento incompleto da bexiga. Tradicionalmente, as opções de tratamento variam entre medicamentos e procedimentos cirúrgicos invasivos, mas a tecnologia tem possibilitado alternativas menos agressivas e mais eficazes.

Uma dessas inovações é o REZUM (nome comercial da tecnologia; não tem um significado específico). É um procedimento minimamente invasivo que utiliza a energia do vapor de água para reduzir o tecido prostático excessivo, melhorando significativamente os sintomas urinários. A técnica consiste na aplicação de vapor de água diretamente no tecido hiperplásico, promovendo a necrose celular e, consequentemente, a redução do volume da próstata ao longo de algumas semanas.

Principais benefícios do Rezum:

  • Minimamente invasivo: realizado em ambiente ambulatorial, sem necessidade de internação hospitalar;
  • Preservação da função sexual: diferente de outras cirurgias para HBP, o Rezum tem baixo impacto na função erétil e na ejaculação;
  • Recuperação rápida: a maioria dos pacientes retoma suas atividades normais em poucos dias;
  • Redução dos sintomas urinários: melhora significativa na qualidade de vida, com diminuição da urgência e retenção urinária;
  • Alternativa eficaz aos medicamentos: ideal para pacientes que não desejam ou não obtêm resultados satisfatórios com tratamento farmacológico.

Quem pode se beneficiar?
O procedimento é indicado para homens com sintomas moderados a graves de HBP que buscam uma solução definitiva sem os riscos e complicações de cirurgias mais invasivas, como a ressecção transuretral da próstata (RTUP) ou a cirurgia aberta. Uma avaliação médica detalhada é essencial para determinar a elegibilidade do paciente e garantir os melhores resultados.

Com o avanço das técnicas minimamente invasivas, o Rezum se consolida como uma alternativa moderna, eficaz e segura para o tratamento da HBP, proporcionando mais conforto e qualidade de vida aos pacientes.

Abaixo, podemos ver, na primeira foto, o urologista entrando com a câmera — chamada cistoscópio — e, com uma agulha feita para isso, penetrando o parênquima prostático.

Na sequência de figuras, podemos ver o antes, o durante e o depois.
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Você sabe o que é a Enucleação Prostática a Laser, mais conhecida como HoLEP? Por Dr Rafael De Conti

Por Rafael De Conti05/05/2025 16h53
Foto/Ilustrativa

Na história da humanidade, o crescimento benigno da próstata, processo natural do envelhecimento masculino, é comum nos homens na medida que envelhecem. O termo médico para isto é Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).

Sabemos que essa patologia pode causar sintomas que incluem:

  1. Frequência urinária aumentada, especialmente à noite (noctúria).
  2. Urgência para urinar, com dificuldade para segurar a urina.
  3. Jato urinário fraco ou interrompido.
  4. Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar.
  5. Dificuldade para iniciar a micção.

No momento em que um homem começa a sofrer com esse aumento da próstata, que dificulta a micção, é necessário tratamento com medicações que relaxam a próstata, além de outras que retardam o crescimento e, em alguns casos, até conseguem diminuir o volume prostático.

Em casos em que os sintomas são mais intensos ou quando já existem complicações mais sérias desse crescimento, está indicada a cirurgia, na qual é feita uma abertura do canal da urina que passa dentro da próstata — chamado uretra prostática —, que nestes casos está “apertada” pela glândula aumentada.

Então, o urologista realiza uma cirurgia desobstrutiva, ou seja, abre esse canal que está comprimido. Existem diversos métodos, entre eles:

  1. Cirurgia aberta convencional
  2. Cirurgia robótica
  3. Ressecção endoscópica da próstata
  4. Vaporização da próstata
  5. Enucleação prostática a laser (HoLEP)
  6. Rezum (vapor de água aplicado no tecido prostático)

Pretendo explicar cada método nos próximos dias, mas hoje explico o que é a enucleação prostática a laser, por se tratar de um método moderno, com recuperação mais rápida e excelentes resultados na melhora dos sintomas dos pacientes.

A enucleação prostática a laser é um procedimento cirúrgico avançado. Existem técnicas como o HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate) e o ThuLEP (Thulium Laser Enucleation of the Prostate), que utilizam lasers específicos para remover o tecido prostático obstrutivo de forma precisa e minimamente invasiva.

Esses procedimentos oferecem várias vantagens, como menor risco de sangramento, recuperação mais rápida e resultados duradouros. Além disso, permitem a análise histopatológica do tecido removido, o que pode ser útil para descartar outras condições, como o câncer.

Ilustração abaixo para melhor entendimento de como é feito o HoLEP:

Nela, vemos que uma fibra de laser é usada, e o urologista dispara o laser para descolar o tecido prostático da cápsula — como se fosse “tirar todo o miolo de uma laranja e deixar apenas a casca”. Após isso, o núcleo da próstata é levado para dentro da bexiga e, com um aparelho moderno chamado morcelador, realiza-se a trituração do tecido prostático, que é então aspirado para fora do corpo.

A enucleação é realizada com um laser de alta potência, que corta e vaporiza o tecido prostático. Como resultado, o HoLEP é capaz de tratar próstatas maiores que 100 gramas, com menor sangramento e menor taxa de recidiva dos sintomas. Além disso, o procedimento pode ser realizado sem cortes.

As vantagens deste procedimento são inúmeras: baixo sangramento no intra e pós-operatório, recuperação precoce, retirada rápida da sonda e alto padrão de recuperação do fluxo urinário.

Nos próximos dias, falarei sobre outros métodos avançados de tratar cirurgicamente a hiperplasia benigna da próstata.

 

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Síndrome da bexiga dolorosa. Por Dr. Rafael De Conti

Por Rafael De Conti07/02/2025 15h00
Foto/Reprodução Banco de Imagens – Freepik.com

As sociedades de urologia dos diversos países definem a síndrome da bexiga dolorosa (SBD) como uma sensação desagradável — dor, desconforto, pressão — relacionada à bexiga, com duração superior a seis semanas, na ausência de infecção ou outras causas identificáveis.

Acomete mais as mulheres do que os homens, e um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que ocorre em aproximadamente 200 para cada 100.000 mulheres.

E por que ela ocorre? Existem muitas teorias, mas a mais aceita é que ocorre uma falha na mucosa (membrana interna) da bexiga, deixando com que compostos tóxicos na nossa urina penetrem nos tecidos da bexiga e causem dor.

A dor é o sintoma predominante e piora com o enchimento da bexiga e melhora com o esvaziamento. Geralmente, ocorre na região acima do púbis, mas pode manifestar-se na uretra, vulva, vagina e reto. O aumento da frequência miccional é muito comum nesses pacientes, assim como a urgência em urinar, que ocorre em 85% dos pacientes. Muitos desses pacientes têm doenças psiquiátricas associadas, como a depressão, pânico e ansiedade.

Esta doença tem importante impacto na qualidade de vida, no desempenho profissional e nas relações pessoais.

O diagnóstico é clínico e de exclusão, devendo o médico urologista sempre excluir outras doenças mais frequentes antes de firmar este diagnóstico. As doenças mais comuns que devem ser excluídas são a cistite, cálculos urinários, prostatite, tuberculose urinária, endometriose, câncer de próstata e câncer da bexiga.

Sempre realizamos exame físico completo do abdome e pelve, e toque retal. Exames de urina são necessários, assim como exames de imagem e, muitas vezes, um exame neurológico da bexiga chamado urodinâmica, onde são colocados sensores dentro da bexiga do paciente. O exame de imagem mais realizado é o ultrassom. Muitas vezes, também realizamos uma endoscopia da bexiga, chamada cistoscopia, com biópsias de áreas alteradas dentro da bexiga.

TRATAMENTO: O tratamento depende do julgamento clínico do médico, da gravidade e de atender às necessidades do paciente, com decisões conjuntas entre o médico e o paciente. Incluem:

  • Manejo do estresse e métodos de relaxamento
  • Manejo psicológico
  • Fisioterapia
  • Modificação comportamental (evitar certos tipos de alimentos, restrição diária de líquidos e manejo do estresse com exercícios físicos e meditação)
  • Educação do paciente quanto à doença
  • Analgésicos e medicamentos usados dentro da bexiga
  • Cistoscopia com anestesia para distender a bexiga
  • Aplicação de botox no músculo da bexiga
  • Neuromodulação
  • Por último, cirurgias grandes com desvios do sistema urinário, que são irreversíveis e mórbidas.

O tratamento é chamado multimodal, com terapias associadas e multidisciplinar, com trabalhos compartilhados entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, especialistas em dor, ginecologistas e gastroenterologistas.

Sempre deixamos claro para o paciente que é uma condição crônica, com episódios de melhora, outros de piora, e que o objetivo principal é atenuar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, sendo que nem sempre é possível a remissão completa ou a cura da doença.

 

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Genitoplastia Feminilizante e Masculinizante: O que você precisa saber sobre as cirurgias. Por Dr Rafael de Conti

Por Rafael De Conti02/12/2024 14h00
Foto/Ilustrativa

Junto com as cirurgias de harmonização facial e do tórax, a genitoplastia é a cirurgia usada no processo de transformação de gênero nos pacientes transexuais.

Tanto a MASCULINIZAÇÃO quanto a FEMINILIZAÇÃO GENITAL são cirurgias complexas. Algumas precisando mais de uma etapa. Para isto precisa-se de preparo psicológico e hormonal, assim como equipe de multiprofissionais especializados, parar garantir os melhores resultados estéticos e funcionais.

Genitoplastia masculinizante

A genitoplastia masculinizante é realizada em homens transexuais, ou seja, pacientes geneticamente femininos que se identificam como homens. Os objetivos cirúrgicos são a retirada do útero e ovários, do colo do útero, alongamento e retificação do clitóris (que já está mais desenvolvido devido ao uso de hormônios) e ainda a escrotoplastia, que é o remodelamento dos grandes lábios da vagina, transformando-o em bolsa escrotal. Depois é reajustada a uretra (canal da urina) e inseridas próteses de testículos. Ao término, o aspecto é de um genital masculino bastante satisfatório, embora de tamanho reduzido, visto que o comprimento do pênis assim configurado é limitado ao tamanho que o clitóris adquiriu com o uso de hormônios masculinos, variando de 4,8 a 5,5 centímetros. Isto geralmente não é problema, pois o mais importante para estes pacientes é conseguir urinar em pé nos banheiros públicos, sendo a penetração durante o ato sexual  uma exigência secundária, pois muitos já vivem conjugalmente com parceiras que não têm exigências em relação à atividade sexual com penetração. Existe a opção de ter um neopênis maior, com retalhos ou enxertos cutâneos tubulares, transferidos de outras regiões como o antebraço ou abdome, porém procedimento este ainda com inúmeras complicações.

Genitoplastia feminizante

A genitoplastia feminizante é realizada nas mulheres transexuais, ou seja, pacientes geneticamente homens que se identificam como mulheres. Os objetivos cirúrgicos são a retirada dos testículos, a ressecção dos corpos cavernosos do pênis e da uretra do pênis, com preservação da pele peniana para convecção da neovagina. A pele da bolsa escrotal é usada para fazermos os grandes lábios.

É importante mencionar que, além dos controle hormonais, os pacientes devem ter seguiment0 psicológico e avaliação médica regular de longo prazo após a cirurgia para prevenir, diagnosticar e tratar as complicações.

Onde os pacientes podem fazer estas cirurgias?  

No Sul do País o centro de referência é o Hospital de Clínicas em Porto Alegre. Pelo Sistema Único de Saúde somente em centros credenciados, que incluem o já referido Hospital de Clínicas, o Hospital da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Hospital de Clínicas de São Paulo e mais 3 centros em Goiânia,  Pernambuco e Salvador. Existem outros locais e cirurgiões que atuam na esfera privada, mas os locais referidos acima são os mais conhecidos no meio urológico.

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