A Rua Etienne Stawiarski, às margens do Rio Tubarão, em Orleans, está fechada desde a manhã desta terça-feira (29) para a limpeza das Esculturas do Paredão. Os trabalhos tiveram início às 7h30 e seguem até as 12h, com aplicação de produto inibidor da vegetação fixada sobre as esculturas.

Para o próximo mês, está prevista uma nova etapa de trabalho, que incluirá a remoção da vegetação já seca em decorrência da ação do inibidor. As Esculturas do Paredão são obras mantidas pelo Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), por meio do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, e a limpeza será realizada em parceria com a Prefeitura de Orleans.

A administração municipal está cedendo um caminhão guindaste, enquanto os técnicos da Instituição serão responsáveis pela aplicação dos produtos inibidores, etapa essencial para conter o avanço de ervas daninhas, líquens, musgos e limo nas esculturas.

As obras estão localizadas a mais de 20 metros de altura. Conforme o conservador e restaurador de bens culturais do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, Idemar Ghizzo, a ação é necessária para que a vegetação seque antes da remoção mecânica. “Remover a vegetação sem que as raízes estejam secas pode danificar a superfície do relevo das esculturas, pois elas estão fixadas nas microfissuras da rocha”, explica.

Todo o trabalho de conservação das esculturas do paredão é realizado anualmente, por meio da parceria entre o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel e a Prefeitura de Orleans.

Sobre o Paredão

A ideia de esculpir o paredão surgiu em 1977, com um projeto inicial que previa 26 painéis. A obra foi iniciada em 1980 e paralisada em 1987. O padre João Leonir Dall’Alba, fundador da Fundação Educacional Barriga Verde (Febave), mantenedora do Unibave, contratou o artista Zé Diabo para executar os trabalhos. Em 1984, um convênio com a Fundação Catarinense de Cultura chegou a colaborar com o projeto, mas, por falta de verbas, os trabalhos foram interrompidos.

As Esculturas do Paredão estão localizadas às margens do Rio Tubarão, na Rua Etienne Stawiarski, em Orleans. Os painéis são esculpidos na rocha, com tamanhos que variam entre 3 e 10 metros quadrados. Cada um representa uma cena bíblica, como: Primeira Missa no Brasil, Catequese dos Índios, Criação do Homem, Sacrifício de Abraão, Passagem do Mar Vermelho, Templo do Rei Salomão, Dois Últimos Profetas do Antigo Testamento, Anunciação e Nascimento de Cristo. A obra foi esculpida pelo artista contratado pela Instituição, e a visitação é gratuita.