Operação Apáte revela golpes milionários e prisões em São Paulo; mulher liderava o esquema

Nesta quinta-feira, 23, a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação Apáte, mirando um grupo criminoso especializado em golpes de leilões falsos que impactaram vítimas em todo o estado, com destaque para Criciúma. A ação resultou em 17 mandados de busca e apreensão e nove prisões preventivas em São Paulo, com foco principal em Santo André e abrangendo outras cidades como São Bernardo dos Campos, Mauá e Itapecerica da Serra.

Prejuízo milionário

Os criminosos, liderados por uma mulher, operavam sites fictícios na internet, oferecendo veículos inexistentes, inclusive utilizando o selo do Tribunal de Justiça de Santa Catarina para dar falsa credibilidade às transações. O grupo também se apropriou do nome de uma empresa de leilões legítima em Criciúma. Segundo a Polícia Civil, o esquema movimentou cerca de 30 milhões de reais em dezoito meses.

A investigação revelou que os golpistas utilizavam um provedor nos Estados Unidos para concretizar suas fraudes, resultando em um prejuízo total estimado em mais de 58 milhões de reais para as vítimas, não só em Santa Catarina, mas também em Goiás e Minas Gerais. Durante a operação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão crucialmente analisados para a identificação de outros suspeitos e a continuidade das investigações.

Com o intuito de recuperar os fundos das vítimas, os agentes envolvidos na operação, tanto de São Paulo quanto de Santa Catarina (DEIC, Criciúma/PCSC e NIS/TJSC), buscam evidências nos dispositivos apreendidos. O nome da operação, “Apáte”, remete ao espírito grego que personificava o engano, a fraude e o dolo, refletindo o modus operandi da quadrilha desmantelada.