Doença é transmitida pelo maruim

Pela primeira vez,Santa Catarina registra casos da Febre do Oropouche, uma doença transmitida por mosquitos. Os pacientes inicialmente suspeitos de dengue em Santa Catarina tiveram o diagnóstico descartado para a doença, mas foram confirmados com Febre do Oropouche. Três casos foram confirmados no município de Botuverá, localizado no Médio Vale do Itajaí.

Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica Estadual, João Augusto Fuck, “Quando a gente fala de febre do Oropouche, a gente está falando de uma doença que também é transmitida pelo mosquito, mas não é o mosquito Aedes aegypti. Na febre do Oropouche, nós temos outros vetores envolvidos, um deles que a gente conhece é o maruim, mas não é apenas esse o vetor que tem sido responsável pela transmissão da doença. A gente também tem o mosquito culex, ou seja, o mosquito comum  que também transmite a doença.”

Diante disso, as autoridades de saúde recomendam medidas preventivas, como o uso de telas nas residências e repelentes, para evitar picadas de mosquitos. Fu enfatiza: “Mantenha o seu quintal limpo, mantenha medidas de proteção individual. Telas em janelas, uso de repelentes, enfim, para evitar a picada do mosquito.”

Apesar de ser uma doença mais antiga, datando da década de 60, e comum na região amazônica, a Febre do Oropouche representa um desafio novo para Santa Catarina. O trabalho de vigilância será reforçado em Botuverá, onde os casos foram identificados.  “Os pacientes que forem negativados para dengue serão testados para o Oropouche. E a partir desse momento a gente começa com algumas ações complementares, em conjunto sempre do município com o estado, para que a gente possa detalhar melhor esses quadros clínicos.”

Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e da Chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não há tratamento específico, sendo recomendado repouso, hidratação.. Os pacientes sintomáticos devem procurar a rede municipal de saúde.