Cânceres do aparelho digestivo estão entre os mais comuns na população

No próximo domingo, dia 4 de fevereiro, o Dia Mundial do Câncer, uma doença que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, cresceu assustadores 20% na última década. No Brasil, as projeções para os próximos anos são alarmantes, com a estimativa de 704 mil novos casos até 2025, sendo mais de 118 mil apenas em Santa Catarina.

Dentre os tipos mais prevalentes, destacam-se os cânceres de mama, próstata, colo e reto, intestino, pulmão e estômago. O cirurgião oncológico e do aparelho digestivo, Dr. Danton Corrêa, alerta para a importância da alimentação na prevenção de certos tipos da doença. Ele ressalta que “a alimentação desempenha um papel crucial na incidência do câncer de intestino e estômago, dois dos cinco tipos mais frequentes na população”.

Dr. Danton explica que certos hábitos alimentares podem aumentar o risco de desenvolver câncer de intestino e estômago. “Mais alimentos industrializados, processados, essas gorduras trans, alimentos que têm muitos conservantes que permitem eles ficarem armazenados por longos períodos, isso são substâncias que o nosso corpo não está habituado a entrar em contato, o nosso corpo está habituado a entrar em contato com comida de verdade”.

Os cânceres de intestino e estômago apresentam sintomas variados, e o cirurgião oncológico destaca a importância de ficar atento a sinais como dor, dificuldade para engolir, vômitos persistentes, perda de peso inexplicada e alterações no hábito intestinal.

Para prevenir o câncer no estômago, o especialista aconselha evitar alimentos como carnes embutidas, defumados e salgados em excesso, que contêm substâncias como nitratos e nitritos relacionadas ao desenvolvimento da doença. Ele destaca que, diante de qualquer sintoma persistente no estômago, é importante realizar uma endoscopia.

No caso do câncer de intestino, a alimentação desempenha um papel fundamental na prevenção, com a ingestão de vegetais e fibras. Dr. Danton Corrêa também recomenda o exame da colonoscopia a partir dos 45 anos como medida preventiva, salientando que a idade pode ser reduzida em caso de histórico familiar.

O tratamento para os cânceres de intestino e estômago varia conforme o estágio da doença e a saúde geral do paciente, enfatizando a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento.