Taxa de desemprego recua para 8,3% até outubro, menor nível desde 2014
A taxa de desemprego do Brasil voltou a recuar e atingiu 8,3% no trimestre encerrado em outubro, informou nesta quarta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É o menor nível para esse intervalo desde 2014. À época, a economia já dava sinais de fraqueza, e a taxa de desocupação estava em 6,7%.
Os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) indicam ainda que a população ocupada com algum trabalho voltou a bater recorde (99,7 milhões), influenciada pela abertura de vagas com e sem carteira assinada. Os empregados sem carteira também bateram recorde (13,4 milhões).
Considerando diferentes trimestres da série histórica comparável da Pnad Contínua, a taxa de desemprego mais recente é a menor desde o intervalo até abril de 2015 (8,1%).
A marca de 8,3%, divulgada nesta quarta-feira, ficou abaixo das projeções de analistas. Levantamento da agência Bloomberg estimava taxa de 8,5% até outubro.
O indicador de desocupação marcava 9,1% até julho, período comparável da Pnad. No trimestre até setembro, que integra outra série da pesquisa, o indicador já estava em 8,7%.
O número de desempregados, por sua vez, recuou para 9 milhões no trimestre finalizado em outubro. É o menor nível para o período desde 2014 (6,7 milhões). Na análise de diferentes intervalos da série, o número é o mais baixo desde julho de 2015 (8,8 milhões).
A população desempregada, conforme as estatísticas oficiais, é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo.
O contingente de desempregados somava 9,9 milhões no trimestre até julho de 2022 e 9,5 milhões até setembro deste ano.