Santa Cruz e São Roque. Por Jaison Bez Fontana
Foi no ano de 1887 que chegaram os primeiros imigrantes em Azambuja, onde fundaram a primeira colonização do sul de Santa Catarina. Para o Rio Cintra (hoje Santa Cruz) vieram as famílias: Molon, Grassi, Barlanda, Brolese, Espirele, Nandi e Bardini.
Alguns anos depois vieram outro grupo de famílias que passaram e se instalaram há dois km em direção ao centro de Treze de Maio, no Rio Coruja. As famílias foram De Pieri, Modolon, Micheletto, Cancelier e Guarezi, onde poucos anos depois formaram a comunidade de São Roque.
Em 1887, outro grupo chega ao Rio Cintra para ocupar mais lotes, são elas: De Biazi, Zanela, Cacciatori, Sartori, Ghizzo, Brunel, Simoni, Tanchella, Mussoi, De faveri, Raldi, Minato, Fornaza, Magagnin e Margeroth, este último seguiu para Araranguá.
As primeiras medições do local começaram por légua quadrada. Colocavam os instrumentos no sentido Norte-Sul começando por Azambuja. Depois era traçado uma linha no meio dos dois sentidos, formando quatro quadrantes e daí partiam para a medição dos lotes.
Os lotes eram de 275 m de largura por 1.100m de comprimento. Terminada a primeira légua quadrada, traçavam outra encostada à primeira, e assim sucessivamente, formando travessões de longa distância no sentido Norte-Sul, Leste-Oeste. Foi um destes travessões que deu o nome à comunidade de Santa Cruz. Um travessão vinha de São Pedro, Urussanga Baixa, rumo Boa Vista, Sertão dos Mendes. Outro vinha de Jaguaruna, Treze de Maio, rumo Azambuja, Linha Pacheco. Estes travessões se cruzavam justamente onde é Santa Cruz. Na época as estradas eram picadas abertas para a medição das terras.
No cruzamento formavam uma cruz. Mais tarde foi construída uma cruz e fincada no local do cruzamento, passando a se chamar Santa Cruz, devido que os moradores eram todos católicos fervorosos.