Defesa do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, critica prisão preventiva
A defesa do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, emitiu uma nota oficial em resposta à sua prisão, que ocorreu na manhã desta terça-feira, 3, durante a Operação Caronte, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Salvaro foi detido preventivamente, o que, segundo sua defesa, pegou a todos de surpresa.
Em nota, a defesa destacou que a prisão preventiva é uma medida extrema e injustificada, considerando que não há fatos novos que motivem tal ação. “Recebemos com surpresa o decreto de prisão preventiva, não apenas pelo fato de já haver denúncia oferecida, mas pela inexistência de qualquer fato novo que justifique essa medida extrema e, principalmente, pela ausência de justa causa para a própria ação penal”, afirmou a nota.
Os advogados de Salvaro argumentam que os elementos apresentados pelo Ministério Público não configuram qualquer prática criminosa, tratando-se, na visão da defesa, de um exercício legítimo das funções públicas do prefeito. “Os argumentos apresentados pelo Ministério Público estão longe de caracterizar qualquer prática criminosa do Prefeito, senão o exercício legítimo do seu múnus público.”
A defesa de Salvaro enfatizou a reputação ilibada do prefeito e seu histórico de administração, destacando que ele foi eleito e reeleito com ampla aprovação popular em Criciúma. “A sociedade criciumense conhece muito bem o Prefeito, eleito e reeleito com significativa aprovação popular, e saberá distinguir e reconhecer […] a origem dos excessos e quais os seus responsáveis.”
O documento também defende a trajetória pessoal, profissional e política de Salvaro, ressaltando que ele é de uma família honrada e que possui um patrimônio moral invejável. “Quem o conhece sabe muito bem que CLESIO SALVARO construiu ao longo de sua trajetória pessoal, profissional e política um patrimônio moral invejável, forjado e consolidado pelas lições e exemplos de seus pais.”
Por fim, a defesa expressou confiança de que a justiça prevalecerá e que a verdade virá à tona. “Na visão da defesa, […] houve precipitação acusatória, dado que a denúncia se presta apenas para deixar revelado o caráter infamante do processo penal […] A justiça, sem dúvida, irá prevalecer, não temos dúvida.”