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Mulheres que inspiram: Liderança, propósito e impacto social

Por Ligado no Sul04/08/2025 13h37
Foto/redação

O Programa Papo Empreendedor recebeu Zulma Pereira Velho gestora da Casa Guido, e as madrinhas Simoni Coelho, artista plástica, e Vera Olivo, empresária e fundadora do Grupo La Moda que  compartilharam suas experiências, desafios e aprendizados na condução e no apoio à Casa Guido.

Prestes a completar 15 anos, a Casa Guido acolhe e apoia crianças e adolescentes em tratamento oncológico na região do Sul de Santa Catarina.

A Casa Guido

Zulma, que está à frente da gestão da Casa Guido, falou sobre a trajetória da instituição e o atendimento que oferece. Completando 15 anos em 2025, a Casa Guido já acolheu mais de 400 pacientes de 45 municípios abrangidos pelas regiões da Amesc, Amrec e Amurel. “Eu vejo esses 15 anos como uma planta de raízes profundas, que pode enfrentar qualquer vento ou tempestade e não cai. A Casa Guido é assim, robusta e firme”, afirmou Zulma.

O atendimento começa já no hospital, com o cadastro social feito pelo assistente social assim que um paciente chega ao Hospital São José. “Nós cuidamos não somente do paciente, nós cuidamos da família, porque muitas vezes o paciente não sabe o que está acontecendo com ele. Temos crianças de 7 meses, 1 ano e 2 meses, e a família sofre muito”, explicou Zulma.

Além do acolhimento, a Casa Guido oferece medicamentos que o SUS não fornece, exames, próteses, órteses e suplementos alimentares. Também arca com custos de consultas médicas especializadas — “porque o paciente oncológico não pode esperar, não é para amanhã, tem que ser para hoje” — e dispõe de alojamento para pacientes e acompanhantes que vêm de cidades distantes. “Tem café da manhã, café da tarde e um dormitório para meninas e meninos.”

Zulma ressaltou a importância da transparência da instituição. “Somos muito transparentes. Tudo que temos lá em casa é doação, e tudo que recebemos é investido nos pacientes. Temos equipamentos que muitas pessoas nem sabem que existem, como equipamentos de ozônio e um robô que é usado em grandes hospitais do Brasil. Temos na Casa Guido porque nos preocupamos muito com a saúde do paciente e dos demais frequentadores.”

Desafios da gestão e da empatia na realidade social

Para Zulma, um dos maiores desafios é compreender a realidade das famílias atendidas. “Eu venho de uma realidade muito diferente. No início eu apanhei bastante porque eu queria comparar, mas a realidade deles é muito difícil. Muitas vezes as casas são simples, com paredes de sarapico, sem porta no banheiro ou nos quartos, e as famílias lutam muito para cuidar dos filhos”, contou.

Ela lembrou que acompanhou famílias em situações difíceis, como a de uma mãe que nunca tinha comprado roupa para os filhos e só recebia doações. “A gente vai na casa do paciente para conhecer a realidade social desta família.”

Ela descreveu uma situação em que visitou uma casa de difícil acesso, onde o carro não subiu o morro e eles tiveram que caminhar a pé. “Tem criança de 8 anos que não sabe ler, que nunca foi para a escola, que nem sabe escrever o próprio nome, e tudo isso com uma doença chamada câncer.” Zulma destacou que é preciso gostar muito do que faz para enfrentar essas realidades.

O olhar de quem apoia

Com uma trajetória marcada por trabalho, persistência e superação, Vera Olivo refletiu sobre sua trajetória, começando com um pequeno ateliê na garagem até se tornar referência nacional na moda feminina. Visionária, criou marcas desejadas como a Lança Perfume e lidera com propósito. “Eu tenho muito orgulho de olhar para trás e ver tudo isso que está construído. O mais importante é usar essa experiência para ajudar causas importantes, para ajudar outras pessoas e a juventude, mostrando a garra e a persistência.”

Vera falou sobre a importância de usar sua influência para causas sociais. Fundadora do Grupo La Moda, ela relatou que a visita à Casa Guido a tocou profundamente. “Quando você vai lá dentro, você vê as coisas que pode ajudar com a influência que você tem, com o conhecimento. É muito importante fazer a diferença”, afirmou.

O convite para ser madrinha e a conexão com a arte 

A artista plástica há 36 anos, Simoni Coelho desde criança já se interessava pelas artes. “Eu sempre fui artista plástica, né, desde criança. Desde pequena gostava de desenhar, pintar, e isso virou uma profissão.”

Simoni contou que sua última coleção de obras nasceu durante a pandemia, período em que o isolamento a levou a explorar novos olhares sobre o cotidiano. “Na época do bloqueio, a gente ficou todo mundo nas suas casas, e eu comecei a explorar o meu jardim, o entorno da minha casa, lugares onde eu morava e que às vezes eu não enxergava. Precisava dar um boom no meu mundo para poder enxergar muitas coisas”, explicou.

Durante esse processo, Simoni ainda desenvolveu suas próprias tintas e pigmentos, o que tornou a criação ainda mais pessoal. “A partir dali surgiram os trabalhos. A coleção tem 30 peças que foram expostas na Unesc e agora é uma exposição itinerante”, revelou a artista plástica.

Com formação internacional e obras expostas em eventos como a Art Basel Miami, Simoni comanda uma galeria em Criciúma que valoriza artistas locais e promove experiências culturais “Dentro da galeria a gente tem uma sala de arte contemporânea onde expomos artistas”, contou. Para ela, a arte é uma forma de mover a vida e trazer leveza ao cotidiano. “Eu sempre digo que a arte que se sente é a arte que você entende, porque tudo que você observa numa obra de arte tu faz aquele devaneio, tu tenta entender aquela arte. E isso ajuda a viver a vida de uma forma mais leve”, completou.

O vínculo com a Casa Guido surgiu por meio de uma amiga. “Eu conheci a Casa Guido por meio de uma amiga que me chamou pra ajudar num evento. E quando eu fui entender o que era o trabalho da Casa, aquilo mexeu muito comigo.” Desde então, ela vem contribuindo com a instituição por meio de sua arte. “Já doei alguns quadros pra leilão, pra ajudar na arrecadação. É o que eu sei fazer, então é o que posso oferecer.”

O evento dos 15 anos da Casa Guido

As entrevistadas também falaram sobre o evento que estão organizando para marcar os 15 anos da Casa Guido. Simoni explicou que será um café com atrações musicais, leilão de obras de arte, joias e sorteios de brindes. “Vai ser uma troca, uma rede. Quem participar vai estar ajudando a Casa Guido e também estará em um evento alegre, bacana, com atrações musicais e muito mais. O evento começa às 15h30 e não tem hora para acabar. Homens e mulheres podem participar.”
O encontro será realizado no salão principal da Sociedade Recreativa Mampituba, no dia 12 de agosto, com início às 15h30. O valor do ingresso é R$ 150, com pagamento via Pix para o CNPJ 12.927.890/0001-60 (Grupo de Pais e Amigos pela Unidade Infantojuvenil de Onco-Hematologia – Guido).

Conheça um pouco mais sobre cada entrevistada

Zulma Pereira Velho

  • Livro que mudou sua vida? A Bíblia
  • Um sonho ainda não realizado? Viajar para a Grécia
  • Maior conquista que te enche de orgulho? A educação dos meus filhos
  • Medo que te impulsiona a melhorar? O futuro
  • Uma decisão que você repensaria? Estudar psicologia
  • Qual hábito diário mais impacta positivamente sua vida? Leitura do devocional toda manhã
  • Qual marca você quer deixar para o mundo? De um ser humano que esta sempre em busca de ser humano
  • Música pop ou rock que te dá energia? A montanha- roberto Carlos
  • O que seria seu “luxo” essencial? Perfumes
  • Como você se imagina daqui a 5 anos? Fora do Guido e vivendo a minha aposentadoria

Vera Olivo

  • Livro que mudou sua vida? Garra: O poder da paixão e da perseverança de Angela Duckworth
  • Um sonho ainda não realizado? Fazer o Caminho de Compostela
  • Maior conquista que te enche de orgulho? A minha família estar na empresa que eu comecei
  • Medo que te impulsiona a melhorar? Medo de doenças
  • Uma decisão que você repensaria? De ter tomado decisões rápidas
  • Qual hábito diário mais impacta positivamente sua vida? Exercício físico
  • Qual marca você quer deixar para o mundo? De sempre nos colocarmos no lugar do outro
  • O que seria seu “luxo” essencial? Conseguir fazer o que eu gosto e ser feliz
  • Como você se imagina daqui a 5 anos? Ajudando as pessoas, fazendo o bem e cuidando da minha família

Simoni Coelho

  • Livro que mudou sua vida? Deficiente Mental. Por Que Fui Um? De Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
  • Um sonho ainda não realizado? Morar três meses na Itália
  • Maior conquista que te enche de orgulho? A minha galeria de arte
  • Qual hábito diário mais impacta positivamente sua vida?  Jogar beach tennis
  • Qual marca você quer deixar para o mundo? Levar a arte na vida das pessoas
  • Música pop ou rock que te dá energia? Boa menina – Luisa Sonza
  • O que seria seu “luxo” essencial? Estar em paz com a minha família
  • Onde você se vê daqui a 5 anos? Vivendo a minha arte junto da minha família e dos meus amigos.

Confira o Programa Completo

 

 

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