Na manhã desta quarta-feira, 19, uma operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) deflagrou a segunda fase da operação Fundraising em Santa Catarina. A ação visa desmantelar uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos e fraudar procedimentos licitatórios em diversos municípios do estado.

A investigação, liderada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, revelou que o grupo criminoso, supostamente capitaneado por um conglomerado empresarial, operava mediante o direcionamento de processos licitatórios. Utilizando-se de serviços de consultoria fictícios, os envolvidos buscavam formalizar contratos públicos sem a prestação efetiva de serviços, visando apenas o lucro ilícito às custas do erário.

Os resultados da operação incluem a execução de 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício de funções públicas e 63 de busca e apreensão, todos autorizados pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Entre os detidos estão os prefeitos catarinenses Fernando de Faveri Marcelino (MDB), prefeito de Cocal do Sul, Clori Peroza (PT), prefeita de Ipuaçu e Mauro Francisco Risso (MDB), prefeito de Jardinópolis, além de empresários e ex-agentes públicos.

Ao todo, 22 prefeituras foram alvos da ação, abrangendo acusações que vão desde organização criminosa até peculato e corrupção. A investigação ainda se estende a outros estados, com diligências realizadas em um município do Rio Grande do Sul e na capital federal.

*Com informações MPSC