Saúde alerta para doenças diarreicas agudas em Santa Catarina: 267 mil casos e 341 surtos no último ano
Com a chegada do verão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) em Santa Catarina emitiu um alerta sobre o aumento das Doenças Diarreicas Agudas (DDA), destacando que o estado registrou 267 mil casos e 341 surtos no último ano. O calor associado aos hábitos alimentares típicos da estação pode potencializar essas ocorrências, sendo que mais de 6,7 mil novos casos já foram notificados em 2024.
Entre os fatores que contribuem para o aumento das DDA, estão a falta de cuidados com a higiene pessoal, a ingestão de alimentos preparados sem os devidos cuidados e a frequência em praias impróprias. Além disso, a população flutuante em áreas turísticas do litoral e problemas no abastecimento público de água são aspectos que podem favorecer a propagação dessas doenças.
Os agentes causais das DDA são diversos, incluindo vírus como Rotavírus e Norovírus, bactérias como Escherichia coli e Salmonella, além de parasitas como Cryptosporidium e Giárdia.
A SES destaca a importância da conscientização da população e das medidas preventivas, como o aumento da ingestão de líquidos, cuidados com a qualidade da água consumida e a atenção aos alimentos ingeridos. Banhos em locais inadequados e a interrupção no fornecimento de água também foram citados como riscos potenciais.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV) reforça a necessidade de educação em saúde e comunicação de risco, particularmente em áreas de alta incidência de diarreia. A SES ressalta a importância de não se automedicar em caso de sintomas da doença, orientando a população a buscar uma unidade de saúde para o tratamento adequado.
A vigilância laboratorial das doenças diarreicas agudas é realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC), que, em cooperação técnica com o Instituto de Meio Ambiente (IMA), monitora também a presença de vírus em amostras de água coletadas de rios que desaguam no litoral catarinense e na água do mar.
Diante do aumento identificado no início da temporada de 2023, a Secretaria de Estado da Saúde expressa a preocupação de que essa tendência possa se repetir neste verão.