Com a proximidade do Dia de Finados, neste sábado, dia 2 de novembro, a preocupação com o combate à dengue ganha destaque em Santa Catarina. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVE) alerta a população sobre os riscos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, especialmente em locais como cemitérios. Neste ano, o estado já registra mais de 350 mil casos prováveis da doença e mais de 340 óbitos confirmados.

De acordo com o diretor da DIVE, João Fuck, o clima nesta época do ano é propício para a reprodução do Aedes aegypti. “O calor já está mais intenso e as chuvas têm sido mais frequentes, criando condições ambientais favoráveis para a reprodução do mosquito. Com a presença do mosquito, há sempre a preocupação de um aumento na transmissão da dengue, que foi a doença que mais impactou o estado neste ano, além de também transmitir outras doenças, como a chikungunya e o zika vírus”, explica.

No Dia de Finados, ao visitar os cemitérios, é fundamental tomar algumas precauções para evitar que o mosquito encontre locais ideais para se reproduzir. “Evitar levar pratinhos nas plantas e cuidar com embalagens plásticas é essencial. Muitas dessas embalagens podem acumular água, assim como algumas plantas. Além dos vasos e plantas, é importante observar outros itens, como suportes de velas que retêm água. Qualquer local que possa acumular água é um potencial criador do mosquito Aedes aegypti”, ressalta João Fuck.

O diretor ainda alerta que o Aedes aegypti é um mosquito comum em áreas urbanas e tem um ciclo de reprodução muito rápido, podendo se transformar de ovo a mosquito adulto em menos de sete dias. “Devemos ter cuidado com tudo. É claro que o foco está nas plantas, mas outros objetos também devem ser observados, como os suportes de velas. Em muitos túmulos, há suportes fixos que não possuem locais de drenagem”, acrescenta.

Enquanto se presta homenagem aos entes queridos que já partiram, é crucial que os visitantes tomem cuidado para evitar qualquer objeto que possa acumular água. “Essa ação é fundamental para que não criemos condições favoráveis para a reprodução do mosquito, o que pode impactar nossa curva de transmissão nas próximas semanas”, conclui o diretor.

A melhor maneira de combater a dengue é prevenindo, e isso começa com pequenas atitudes no dia a dia, especialmente em locais públicos como os cemitérios.