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Procedimento cirúrgico inédito no Brasil para tratamento da depressão é realizado em Santa Catarina

Procedimento cirúrgico oferece esperança a pacientes com depressão resistente aos tratamentos convencionais

Por Ligado no Sul12/09/2023 10h00
Foto/Ilustrativa

No mês de Setembro Amarelo, dedicado à conscientização sobre os problemas de saúde mental e à prevenção do suicídio, um procedimento cirúrgico inovador para o tratamento da depressão foi realizado pela primeira vez no Brasil, especificamente em Santa Catarina.

A depressão é uma doença grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Assim como qualquer outra enfermidade, requer tratamento adequado. Além do apoio emocional, da solidariedade e da empatia, existem diversas opções de tratamento, incluindo medicamentos e terapias tradicionais. No entanto, cerca de 30% das pessoas com depressão sofrem de uma forma resistente à abordagem convencional.

Nesse contexto, surge uma técnica que já é bem estabelecida nos Estados Unidos e na Inglaterra: o implante de um dispositivo de estimulação do nervo vago para tratar a depressão resistente. Essa intervenção pioneira foi realizada em dois pacientes pelo neurocirurgião Wuilker Knoner Campos, atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, em Santa Catarina.

“Existe uma parcela de pacientes que terão o que a gente chama de depressão resistente. E são pacientes que frequentemente fazem internações prolongadas e que têm uma chance de 10 a 20 vezes maior de suicídio que até então não tinha nenhuma alternativa. Com os avanços da medicina, chegou-se a um dispositivo, um implante, que é um dispositivo elétrico, como se fosse um marca-passo, só que ele está ligado no nervo vago”, destaca o neurocirurgião.

Essa técnica tem mostrado resultados promissores, proporcionando uma melhora significativa dos sintomas em aproximadamente 70% dos casos, e até mesmo a recuperação completa em 40% dos pacientes, de acordo com testes clínicos realizados nos Estados Unidos nos últimos anos.

O Brasil é o terceiro país a adotar esse tratamento, que representa uma esperança para pacientes que não respondem aos métodos tradicionais de tratamento. Devido à alta prevalência da depressão no país, especialmente na América Latina, onde o Brasil lidera as estatísticas de casos, o presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia acredita que o implante do eletrodo para tratar a depressão poderá ser incluído na rede pública de saúde, bem como ser regulamentado para os planos de saúde.

O neurocirurgião Wuilker Knoner Campos enfatiza a seriedade da depressão, que envolve desequilíbrios bioquímicos e elétricos no cérebro e pode incapacitar gravemente uma pessoa. Ele destaca a importância do Setembro Amarelo como um alerta para doenças mentais e encoraja os pacientes a buscarem ajuda, mesmo que isso exija um esforço considerável, pois o tratamento adequado é fundamental para combater a depressão.

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