Primeira morte por dengue em 2024 é confirmada em Joinville
Outras duas mortes são investigadas em Blumenau e Garopaba
Em apenas três semanas, Santa Catarina enfrenta uma preocupante escalada no número de casos prováveis de dengue, somando 2.052 ocorrências neste início de ano. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado divulgou uma nova classificação, revelando que os casos estão distribuídos em 79 municípios catarinenses. O primeiro óbito foi confirmado em Joinville, enquanto outras duas mortes suspeitas estão sob investigação em Blumenau e Garopaba.
A bióloga Tharine Dal Cim, da Vigilância Epidemiológica Estadual, destaca a importância do alerta emitido pela Diretoria. Pela primeira vez, é divulgado um informativo epidemiológico que abrange os casos de dengue, chikungunya e zika, e apresenta alterações, como a divulgação de casos prováveis, que incluem confirmações, suspeitas e conclusões, excluindo apenas os descartados.
Até o momento, as regiões mais afetadas pela dengue em Santa Catarina são a Grande Florianópolis, nordeste, extremo oeste e Foz do Rio Itajaí. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) ressalta a importância de buscar atendimento médico ao identificar os primeiros sintomas: ” A DIVE alerta que aos primeiros sinais de sintomas, como febre alta, dor no corpo, prostração, vômitos e diarreia, procurem a Unidade de Saúde para receber um diagnóstico e acompanhamento médio. Com os primeiros sinais, é importante que a pessoa inicie hidratação para que o caso não se agrave”, destaca Tharine.
Além dos casos de dengue, o estado registra 17 prováveis ocorrências de chikungunya e um caso provável de zika vírus. Todas essas arboviroses são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que encontra nas condições climáticas de calor e chuvas o ambiente ideal para sua reprodução.
João Fuck, diretor estadual de vigilância epidemiológica, destaca que os primeiros meses do ano propiciam condições climáticas favoráveis à reprodução do mosquito: “É fundamental, que as pessoas reforcem as medidas de prevenção, eliminando locais com água parada que é onde o mosquito busca para se reproduzir. Tanto aqueles depósitos menores como tampinhas de garrafa, casca de ovo, mas também adequando aqueles maiores como caixas d’água e calhas. Essa é a melhor medida de prevenção. Eliminando os locais com água parada, a gente reduz a presença do Aedes aegypti e reduz o risco de ter transmissão em nível de epidemia.”