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O papel da fonoaudiologia no autismo: A importância do acompanhamento especializado

Por Ligado no Sul01/04/2024 10h00
Foto/Arquivo Pessoal

Desde 2007, uma data específica tem sido reservada para cumprir um propósito crucial: espalhar informações vitais sobre o autismo e, assim, combater a discriminação e o preconceito que frequentemente acompanham as pessoas afetadas por este transtorno do neurodesenvolvimento.

“Os transtornos do espectro autista (TEAs) surgem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Em muitos casos, os sintomas começam a se manifestar nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas por TEAs frequentemente enfrentam condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, destaca Tháicy F. Debiasi Scotti, fonoaudióloga especializada em pacientes com autismo e que atende em Orleans.

A fonoaudióloga ressalta que embora algumas pessoas com TEAs possam levar vidas independentes, outras enfrentam deficiências graves que exigem atenção e apoio contínuos. “Intervenções psicossociais baseadas em evidências, como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, têm demonstrado reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social, gerando um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas com TEAs e de seus cuidadores”.

Em todo o mundo, no dia 2 de abril é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, Tháicy F. Debiasi Scotti, que procurou se especializar na área, diante da falta de profissionais, contou um pouco sobre sua trajetória. “Com o crescente aumento de casos e diante da escassez desses profissionais qualificados, busquei suprir essa demanda ao realizar o primeiro curso de formação em autismo. Com o tempo, desenvolvi um profundo apreço pelo assunto, o que me levou a buscar constante aprimoramento. Recentemente, conclui minha terceira pós-graduação em autismo, ressalta a especialista”.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na socialização, comunicação e padrões de interesses restritos e repetitivos, frequentemente identificados na primeira infância. “A incidência do autismo varia significativamente de acordo com os estudos e regiões, mas estimativas recentes sugerem que cerca de 1 em cada 36 crianças em todo o mundo é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, destaca.

“É crucial notar que os sintomas do autismo podem variar consideravelmente entre indivíduos e podem se apresentar de formas distintas em diversos estágios do desenvolvimento”.

A fonoaudióloga acrescenta, “Por meio de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais qualificados, é possível reduzir significativamente os sinais e sintomas manifestados pela criança, visando promover sua independência na vida adulta”.

“A comunicação é uma das principais dificuldades do autista – verbal e não-verbal. Estima-se que 25 a 50% da população não irá atingir a linguagem funcional, e é aí que entra o fonoaudiólogo”, explica. “O fonoaudiólogo pode contribuir de diversas maneiras, tais como oferecendo suporte para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, ajudando a aprimorar as habilidades sociais e fornecendo estratégias para lidar com questões sensoriais que possam interferir na comunicação”.

“O objetivo principal é fomentar uma comunicação eficaz e significativa, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida da pessoa autista”, conclui a fonoaudióloga. “O fonoaudiólogo desempenha um papel crucial no apoio às famílias em relação aos desafios de comunicação”, destaca a fonoaudióloga, enfatizando a importância do suporte contínuo para integrar a comunicação no dia a dia e promover um ambiente propício ao desenvolvimento comunicativo do indivíduo autista.

Portanto, diante da complexidade e das necessidades específicas que envolvem o autismo, é importante buscar o apoio de profissionais de fonoaudiologia especializados nesta área. Com um conhecimento aprofundado e experiência prática no tratamento e na intervenção para o autismo, os fonoaudiólogos podem desempenhar um papel fundamental na promoção da comunicação eficaz, no desenvolvimento das habilidades sociais e na melhoria da qualidade de vida das pessoas autistas. Ao procurar por profissionais qualificados e especializados, as famílias podem garantir uma abordagem personalizada e eficaz para atender às necessidades individuais de cada pessoa.

 

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