O estado de Santa Catarina enfrenta um preocupante aumento no número de óbitos relacionados à dengue em 2024, com um crescimento de 175% em comparação ao ano anterior. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, já são 270 mortes registradas, o maior índice na história catarinense até o momento.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado confirmou um total de 212 mil casos da doença, além de estimar 345 mil ocorrências prováveis ao longo deste ano. Embora o período mais frio costume apresentar uma redução nos novos casos, a ameaça persiste devido à condição de infestação pelo mosquito Aedes aegypti em grande parte do território catarinense.

Diante desse cenário, o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, alerta para a importância contínua da prevenção. “Não podemos baixar a guarda. As larvas permanecem no ambiente, aguardando condições ideais para eclodir. É fundamental dedicar apenas 10 minutos por semana para verificar e eliminar possíveis focos do mosquito”, ressaltou.

João Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado, reforça a urgência das medidas preventivas, especialmente considerando que cerca de 60% dos municípios catarinenses estão atualmente infestados pelo Aedes aegypti. “Apesar da redução na atividade do mosquito durante o inverno, os ovos continuam presentes no ambiente, o que exige a manutenção das ações de combate ao longo de todo o ano”, destacou Fuck.

A vacinação contra a dengue está disponível em 76 municípios catarinenses, priorizando a população entre 10 e 14 anos de idade nas regiões próximas a Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Jaraguá do Sul e Joinville, devido à limitação de doses do imunizante conforme diretrizes do Ministério da Saúde.