Santa Catarina registrou, em 2024, o maior número de mortes por dengue já registrado em sua história, superando o recorde anterior de 98 óbitos estabelecido em 2023. Os dados da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica revelam  109 mortes este ano.

Além das mortes, os números revelam uma alta incidência da doença, com mais de 178 mil casos prováveis e 67 mil ocorrências confirmadas ao longo do período. O Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, o médico infectologista Dr. Fábio Gaudenzi , analisou a situação e destacou a gravidade do atual cenário.

“Infelizmente, estamos vivendo neste ano um fenômeno de aumento no número de casos de dengue em Santa Catarina. Junto com o país, estamos enfrentando a maior epidemia de dengue já registrada. Isso se reflete em um número extremamente alto de casos e, consequentemente, em um aumento no número de mortes. Ultrapassamos o recorde anterior, que era de 2023, e estamos com uma taxa de letalidade de 0,06, próximo ao registrado no ano passado, o que demonstra o potencial grave da doença”.

Os dados revelam que 32 municípios catarinenses, distribuídos pelas regiões Norte, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Meio-Oeste, Oeste e Extremo-Oeste, registraram mortes por dengue este ano. As vítimas da doença variam desde crianças de um ano de idade até idosos de 95 anos.

Os idosos, especialmente aqueles com comorbidades como hipertensão e diabetes, são os mais afetados pela forma grave da doença. “A maioria dos casos graves e óbitos são em idosos, especialmente a partir dos 60 anos, com presença de comorbidades. É importante que esses grupos, independentemente da faixa etária, tenham uma atenção especial para as doenças infecciosas”, alertou.

Diante desse cenário , especialistas recomendam que qualquer pessoa que apresente sintomas de dengue, como febre alta, dores de cabeça e no corpo, busque atendimento médico imediato. Além disso, é importante aumentar a ingestão de líquidos para evitar a desidratação, uma das complicações causadas pela doença.