Ano registra piores índices de doença na história do estado

No ano com os piores registros relacionados à dengue na história de Santa Catarina, o estado acumula mais de 113 mil casos confirmados e 97 mortes causadas pela doença. Os números atualizados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado revelam que um a cada 66 habitantes catarinenses contraiu a enfermidade em 2023. A chegada da primavera neste sábado, 23, e as condições climáticas mais quentes e chuvosas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue,  chikungunya e zika vírus.

“Agora é importante fazer um alerta para a população, pois isso cria condições ambientais favoráveis para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Teremos temperaturas elevadas e possíveis chuvas em diversos municípios, o que cria todas as condições favoráveis para um aumento no número de focos do mosquito Aedes aegypti. É fundamental reforçar as medidas de prevenção, já que, com esse cenário, podemos ver um aumento nos casos da doença aqui no estado”, ressalta João Fuck, diretor estadual de vigilância epidemiológica.

É importante lembrar que o mosquito Aedes aegypti se reproduz em locais com água parada, frequentemente encontrados em nossas residências, estabelecimentos comerciais e locais de trabalho. Eliminar esses locais e adequar aqueles que não podem ser eliminados é a melhor estratégia de prevenção para evitar que o mosquito Aedes aegypti se reproduza.

Santa Catarina identificou mais de 55 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 2023, distribuídos entre 231 municípios. Atualmente, 152 municípios, mais da metade do total catarinense, são considerados infestados, e 37 atingiram o nível de epidemia. A cidade mais populosa do estado, Joinville, se destaca negativamente, com mais de 42 mil casos de dengue no ano, representando 37% do total registrado em Santa Catarina.

“É fundamental ficar atento aos sintomas, como febre, dores de cabeça, dores pelo corpo, dores atrás dos olhos e manchas vermelhas no corpo. Na presença desses sintomas, procurar um serviço de saúde é crucial. A dengue é uma doença que pode evoluir para a gravidade, e temos muitos óbitos registrados no estado, tanto em 2022 como em 2023. Portanto, na presença desses sintomas, é importante buscar ajuda médica para receber as orientações adequadas e evitar complicações”, orienta o diretor estadual de vigilância epidemiológica.

Sintomas de dengue incluem febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e nos olhos, mal-estar, falta de apetite e o aparecimento de manchas vermelhas na pele. É fundamental que a população esteja atenta e tome medidas de prevenção para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti e evitar a disseminação da dengue.

*Com informações ACAERT