Dengue chega a 270 municípios catarinenses
Proliferação do mosquito Aedes aegypti também gera ocorrências de chikungunya e zika vírus

Santa Catarina enfrenta uma crise de saúde pública com mais de 140 mil casos prováveis de dengue neste ano, mantendo o estado em condição de epidemia, com uma taxa de incidência alarmante de 1.800 ocorrências para cada 100 mil habitantes. Os dados revelam uma situação preocupante, especialmente considerando os 82 óbitos já confirmados e outras 36 mortes suspeitas atualmente em investigação.
A disseminação da dengue atinge cerca de 270 municípios catarinenses, o que representa a presença da doença em aproximadamente 91% das cidades do estado. João Augusto Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado, destaca a preocupação com a aceleração da transmissão, especialmente na região oeste, que inclui localidades como Chapecó, São Miguel do Oeste e Concórdia.
Além da dengue, a proliferação do mosquito Aedes aegypti também tem levado ao surgimento de outras arboviroses. Santa Catarina registra 227 casos prováveis de chikungunya e 20 de zika vírus em 2024. O diretor de vigilância da DIVE, explica as semelhanças e diferenças entre essas doenças, ressaltando a importância da busca por assistência médica diante de qualquer sintoma.
“A febre alta, acompanhada de dores pelo corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, é o principal sintoma da dengue. Já o zika vírus apresenta, entre os primeiros sintomas, manchas vermelhas pelo corpo, que causam muita coceira. No entanto, todas têm um espectro clínico muito semelhante, o que torna difícil diferenciá-las clinicamente”, explica.
Para combater a propagação dessas doenças, a vacinação contra a dengue está disponível em 32 municípios catarinenses. Porém, devido à quantidade limitada de doses do imunizante, atualmente apenas a faixa etária dos 10 aos 14 anos é vacinada nas localidades determinadas pelo Ministério da Saúde, conforme a incidência da doença.