Alerta: Estado confirma oito casos de coqueluche até o momento
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina confirmou a ocorrência de oito casos de coqueluche neste ano. A doença, que afeta tanto recém-nascidos quanto adultos, é uma enfermidade aguda e transmissível que atinge o aparelho respiratório e pode causar complicações graves em crianças menores de dois anos, incluindo a morte.
Gisele Barreto, chefe da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, explicou que a coqueluche é altamente contagiosa e se transmite pelo contato direto com uma pessoa infectada através da tosse, espirro ou fala. “Ela causa tosse, coriza, febre pouco intensa, falta de ar e mal-estar geral. É conhecida como a tosse comprida porque a pessoa começa a tossir de repente e não consegue parar, às vezes por até quatro semanas.”
A doença apresenta maior mortalidade em crianças menores de seis meses, que ainda não foram vacinadas e possuem imunidade baixa. “Nos indivíduos maiores, a doença é geralmente autolimitada e não agrava como em crianças menores de seis meses.”
Países da Europa e da Ásia registraram aumentos nos casos de coqueluche este ano. A União Europeia confirmou mais de 32 mil casos no primeiro trimestre de 2024 em pelo menos 17 países. No Brasil, foram notificados 214 casos no ano passado e 31 até abril deste ano.
Gisele ressaltou a importância da vacinação como a melhor forma de prevenção. “A cobertura vacinal reflete muito bem essa ocorrência de novos casos. É crucial vacinar principalmente os menores de um ano, com doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, e reforços aos 15 meses e aos 4 anos,” explicou. Ela também enfatizou que gestantes devem receber uma dose de vacina a partir da 20ª semana de gestação para proteger o bebê ao nascer.
A cobertura vacinal contra a coqueluche em Santa Catarina é atualmente de 86%, segundo dados do Ministério da Saúde. “Estamos em um período pós-pandemia, onde houve uma queda no número de casos de doenças transmissíveis. Agora, estamos voltando aos padrões anteriores à pandemia, e já se esperava um aumento no número de casos,” concluiu .