Agosto Azul e Vermelho: Alerta para saúde vascular
Estatísticas revelam alto número de internações e riscos associados à saúde vascular
A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) lançou a campanha “Azul e Vermelho” neste mês de agosto. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a relevância dos cuidados preventivos com a saúde vascular. A escolha deste mês também é simbólica, já que em 15 de agosto é comemorado o Dia do Cirurgião Vascular.
Dentre as doenças vasculares abordadas estão a Trombose Venosa Profunda (TVP), Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), Linfedema, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença Carotídea, Pé Diabético, Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) e as Varizes. Essas enfermidades demandam monitoramento contínuo para evitar complicações que podem levar a incapacidades, amputações ou até a óbito.
As principais recomendações incluem a prática de atividade física, abandono do tabagismo, adoção de uma dieta saudável, fortalecimento muscular, uso de meias elásticas e consulta a um especialista vascular sempre que necessário.
“O Agosto Azul e Vermelho é uma excelente oportunidade de falarmos sobre saúde vascular, fornecer informações de qualidade para as pessoas conhecerem melhor os problemas circulatórios. Não deixe ‘você’ para depois. Vamos fazer o Agosto Azul e Vermelho um marco de ação pela sua saúde vascular”, diz o presidente da SBACV, Bruno Naves.
Estatísticas nacionais
Entre 2013 e 2022, mais de 529 mil mulheres foram hospitalizadas no Brasil para tratamento de varizes. Isso resulta em uma média de seis cirurgias por hora na rede pública de saúde. Esses dados, fornecidos pela SBACV, indicam que muitos casos represados durante a pandemia podem ainda não ter sido tratados.
O levantamento baseado em informações do Ministério da Saúde demonstrou que as varizes são mais comuns em mulheres, representando 76% dos 695 mil casos registrados ao longo da série histórica analisada.
Doença e fatores de risco
Varizes são veias dilatadas e tortuosas, principalmente nas pernas, causando dores, desconforto e sensação de cansaço. Elas podem resultar em sintomas como inchaço, sangramentos e até úlceras.
Apesar de fatores genéticos terem grande influência, outros elementos como obesidade, sedentarismo, uso de medicamentos hormonais, gravidez e envelhecimento também contribuem. Mulheres acima dos 40 anos possuem uma probabilidade 78% maior de desenvolver varizes, com a faixa etária entre 50 e 59 anos representando 28% dos casos.
O “Agosto Azul e Vermelho” busca não somente conscientizar sobre a prevenção, mas também destacar a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento especializado para evitar complicações mais sérias.