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Desentendimento na Câmara de Orleans mobiliza PSDB e reforça pedido por respeito nas sessões

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Mirele Debiasi fala sobre o clima de tensão na Câmara de Orleans.

Por Ligado no Sul24/07/2025 10h06
Foto/Redação

Na manhã desta quinta-feira (24), a vereadora e presidente do PSDB de Orleans, Mirele Debiasi, participou do Jornal da Guarujá para comentar os desdobramentos da discussão entre a vereadora Marlise Zomer (PSDB) e o presidente da Câmara, Joel Cavanholi (PL). O episódio, ocorrido na sessão da última segunda-feira, resultou em uma nota de repúdio emitida pelo PSDB e trouxe à tona críticas sobre o clima de tensão constante nas reuniões do Legislativo municipal.

“Lamentável ter que falar de desrespeito”

“É lamentável a gente vir aos meios de comunicação não para falar de coisas boas do nosso município, mas para tratar de um episódio de desrespeito extremo que aconteceu na Câmara. A Câmara está muito tensa desde o início do ano, algumas sessões já precisaram ser pausadas para acalmar os ânimos. Segunda-feira (21), foi a gota d’agua, ou a Câmara toma outra conduta de respeito mútuo, ou quem perde é a população”, destacou.

A vereadora também ressaltou que os debates no Legislativo não podem ultrapassar os limites do respeito. “A população não merece ligar o rádio para ouvir a sessão e ver os vereadores tendo que se defender para conseguir permanecer ali. Estamos ali para trabalhar pela cidade, e não para passar por esse tipo de constrangimento”, disse.

Marlise pensou em licença por abalo emocional

Segundo Mirele, a vereadora Marlise ficou profundamente abalada após os ataques de Joel Cavanholi durante a sessão. “Ela saiu muito nervosa, chegou a me ligar à noite com muita dor de cabeça e dificuldade de respirar. Conversamos por quase meia hora, porque ela não queria preocupar o esposo. Ela pensou em pedir licença do cargo, mas reforçamos que ela tem todo o suporte do partido. Marlise foi a vereadora mais votada do município, não é uma candidata laranja. Ela se elegeu com seu trabalho e merece respeito dentro daquela casa”, enfatizou.

Dois pesos e duas medidas

A vereadora e presidente do PSDB criticou a postura do presidente da Câmara, afirmando que ele tem sido tolerante com determinadas atitudes e rigoroso apenas com a oposição. “Quando o vereador Vá (Osvaldo Cruzetta) se levantou para agredir o vereador Dovagner, Joel não teve a mesma postura firme que teve com Marlise. Ele deveria ter suspendido o vereador que tentou agressão. Existe, sim, dois pesos e duas medidas”, disse.

A vereadora afirmou que já havia alertado Cavanholi sobre a necessidade de manter ordem e equilíbrio nas sessões. “Há mais de um mês, conversei com Joel e falei que ficaria insustentável se ele não tivesse a mesma postura com todos. Inclusive, pedi que, se eu errar, que ele me suspenda. O que não dá é para uma vereadora ser chamado de ‘palhaça’ antes de subir na tribuna e isso ser normalizado”, desabafou.

Boletim de ocorrência e apoio do PSDB

Mirele confirmou que Marlise registrou um boletim de ocorrência (BO) contra Joel após se sentir ameaçada com a frase: “o que é seu está guardado”. “Isso será tratado entre eles, mas é algo grave e precisa ser apurado. O PSDB estadual entrou em contato, o deputado Marcos Vieira nos procurou, e Marlise está recebendo apoio de lideranças femininas de todo o estado”, informou.

“A Câmara não é um show”

A presidente do PSDB reforçou que o clima agressivo na Câmara precisa mudar. “Ontem conversei com o vereador Dovagner, que também passou por uma situação lamentável com o vereador Vá. Ele me disse que a alegria dos pais dele, que são idosos, é assistir às sessões da Câmara. E eles viram de casa aquilo que ele passou. Atrás de cada vereador existe uma família, filhos, esposos, pais e netos. As pessoas têm que entender que isso não é um show, nós estamos trabalhando. A tribuna deve ser um espaço para dar voz à população, e não uma arma contra quem a utiliza”, pontuou.

Mirele contou que a reunião das comissões, realizada na quarta-feira (23), ocorreu em um clima mais tranquilo. “O vereador Osvaldo Cruzetta, o Vá, pediu desculpas ao vereador Dovagner pelo que aconteceu e também ao grupo. Ele reconheceu que se excedeu e garantiu que isso não voltaria a acontecer. Pelo que percebi, ele e o Dovagner até conversaram e a situação entre eles ficou mais pacífica. Já Joel e Marlise não chegaram a conversar”, relatou.

Apesar das críticas, Mirele sinalizou abertura para um diálogo. “Há um tempo atrás conversei com o prefeito Fernando,  explicando que nós não somos oposição, estamos trazendo recursos para o município e não queremos tumultuar. O que queremos é respeito e poder trabalhar. Depois do episódio de segunda-feira, mandei mensagem para ele novamente. O Fernando sempre nos trata com respeito, mas ele tem influência na base da situação e pode ajudar a mudar esse clima”, ressaltou.

Ao final da entrevista a vereadora disse que espera que na próxima sessão o  clima seja mais tranquilo e que os vereadores possam estar ali para o fazer seu trabalho “Espero que na próxima segunda-feira possamos falar sobre os problemas e conquistas de Orleans, e não sobre agressões ou ataques pessoais”, concluiu.

Confira entrevista completa

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