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Vítimas de violência sexual agora serão grupo prioritário para vacinação contra HPV

Ministério da Saúde anuncia medida para proteger vítimas e reduzir riscos de complicações relacionadas ao Papiloma Vírus Humano (HPV).

Por Ligado no Sul23/08/2023 12h00
Foto/Ilustrativa

O Ministério da Saúde anunciou uma medida significativa visando à proteção das vítimas de violência sexual no Brasil. Agora, pessoas entre 9 e 45 anos que tenham sido vítimas de abuso sexual e ainda não foram vacinadas ou não completaram o esquema de imunização contra o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano) serão consideradas um grupo prioritário para a vacinação. Esta ação tem como objetivo garantir a saúde e bem-estar dessas vítimas, considerando os riscos associados ao HPV.

Uma amostragem apresentada pelo Ministério da Saúde revelou dados alarmantes no estado de São Paulo, onde 30% das vítimas de violência sexual atendidas por serviços especializados desenvolveram lesões causadas pelo HPV. Em Santa Catarina, segundo informações da Polícia Civil, no ano anterior, foram registrados quase 5 mil casos de estupro e 15 estupros coletivos. Neste ano, até o momento, já foram registrados 3.037 casos de violência sexual e 3 estupros coletivos.

Para as vítimas com idade superior a 9 anos que ainda não receberam a vacina, a imunização será aplicada imediatamente. O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e está associado a 80% dos casos de câncer de colo do útero, bem como a casos de câncer na vulva, pênis, ânus e na faringe. Além disso, cerca de 90% das verrugas genitais são provocadas pelo HPV.

Lilian Cristiana Júlio, enfermeira coordenadora do Centro de Referência de Imunobiólogicos Especiais na vigilância epidemiológica estadual, ressalta que o ideal é que a população se vacine contra o HPV entre os 9 e 14 anos de idade, mas ela enfatiza a importância da proteção imediata para aqueles que sofreram violência sexual. “Que na verdade a própria questão da violência sexual ela é uma questão sim de saúde pública e de segurança e o Estado enquanto política pública, com as suas ações integradas, vai tentar atender essa demanda para prevenir essas complicações. A gente não tem como prever o quanto pode conferir numa complicação, mas os adolescentes, crianças, as mulheres e homens que  vivenciaram essa situação, eles já vão ter  uma garantia ao menos de minimizar essa complicação se eles realizarem o esquema da vacina que é em três doses para essa situação específica”.

Nos postos de saúde, a vacina contra o HPV já estava disponível para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, bem como para pessoas de 9 a 45 anos com condições clínicas especiais, como aquelas que vivem com HIV-AIDS, por exemplo. No entanto, a adesão a essa imunização, assim como a outras vacinas, tem sido baixa, como observa a enfermeira Lilian Cristiana Júlio. Ela ressalta que as vacinas são gratuitas. ” A nossa intenção é sempre garantir para essa população, considerando que as vacinas são disponibilizadas de forma gratuita, que essas pessoas possam ir até a unidade de saúde e ter acesso a vacina”.

É importante mencionar que o protocolo de atendimento às vítimas de violência sexual já inclui a imunização contra hepatite B, difteria e tétano, demonstrando uma abordagem abrangente para proteger a saúde das vítimas. Com essa nova medida, o Brasil busca oferecer uma rede de proteção mais robusta para as pessoas que já sofreram uma experiência traumática, ajudando a minimizar riscos de complicações de saúde no futuro.

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