Teste do pezinho ampliado: Identificação de 53 doenças em Santa Catarina aguarda recursos para implementação
Atualmente, o teste do pezinho realizado pelo SUS em Santa Catarina identifica seis doenças
O teste do pezinho ampliado, agora capaz de identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades, representa um avanço significativo na triagem neonatal. Essa expansão ocorreu graças à sanção de uma lei nacional em 2021, que modificou o estatuto da criança e do adolescente, melhorando o programa nacional de triagem neonatal e estabelecendo quais doenças podem ser rastreadas pelo exame. No entanto, a implementação do novo teste está ocorrendo de forma gradual em todo o país.
Em Santa Catarina, por exemplo, assim como em outros estados, o teste do pezinho ampliado ainda não está disponível à população. A Diretoria de Atenção Primária à Saúde do estado tem trabalhado em parceria com a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE) para a realização dos exames. Desde janeiro, já foram realizados mais de 35 mil exames no estado.
Ângela Ortiga, diretora da Diretoria de Atenção Primária à Saúde, explicou que a atual parceria entre Santa Catarina e a FEPE é benéfica, uma vez que o laboratório da fundação consegue atender dois estados, otimizando os custos.
Atualmente, o teste do pezinho realizado pelo SUS em Santa Catarina identifica seis doenças, permitindo diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento. No entanto, o Ministério da Saúde ainda não definiu os recursos para incluir todas as doenças conforme a lei de 2021.
“A ausência de um teto financeiro para subsidiar esses exames impede a implementação completa”. Santa Catarina e a FEPE estão avaliando gradualmente como incorporar as novas doenças ao exame, ressalta Ângela.
A previsão é que seja introduzida o exame da toxoplasmose no teste nos próximos 30 dias.
Kempes Spencer, médico pediatra e professor da UNISUL Pedra Branca, destaca a importância do teste do pezinho ampliado na detecção de doenças em recém-nascidos, especialmente doenças raras que são de difícil diagnóstico. “A coleta do teste é preferencialmente realizada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, possibilitando a detecção de enfermidades que ameaçam a saúde antes que os sintomas se manifestem”.
O objetivo é ampliar os postos de coleta, incluindo maternidades, para atender casos em que os recém-nascidos não podem ir até as unidades de saúde devido a complicações médicas.
*Com informações Acaert