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Servidor público de Laguna é alvo de Operação Resiliunt

Por Ligado no Sul09/02/2024 09h33
Foto/DicLaguna

Nessa sexta-feira, 9, a Polícia Civil iniciou a Operação Resiliunt em Laguna, com o propósito de cumprir mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra um servidor público municipal. A investigação concentra-se na apuração da prática de rachadinha na Frente de Trabalho da Fundação Irmã Vera (FIV).

Conforme as investigações, desde pelo menos 2021, o investigado ocupou vários cargos em comissão na estrutura da administração pública de Laguna. A partir de 18 de janeiro de 2023, assumiu o cargo em comissão de oficial de gabinete, com lotação no gabinete do prefeito, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Município.

Nessa posição, ele se tornou coordenador administrativo da Frente de Trabalho. Segundo a Divisão de Investigação Criminal (DIC), na qualidade de funcionário público, o investigado passou a exigir, presumivelmente, como condição para a permanência dos bolsistas no programa, uma vantagem econômica indevida. Essa vantagem consistia no repasse mensal, pelos funcionários, de quantias que variavam entre R$ 100 e R$ 500.

O investigado utilizava sua influência no cargo para ameaçar os trabalhadores com o risco iminente de desligamento do programa e possíveis punições durante a prestação de serviços, geralmente relacionados à limpeza urbana nas praças do município.

“Assim, valendo-se das facilidades e da importância de sua função pública junto à coordenação do programa Frente de Trabalho, apurou-se que o investigado constrangeu aquela classe de trabalhadores mais vulnerável, no intuito de receber, para si, vantagem econômica indevida, o que de fato ocorreu durante todo o ano de 2023”, declarou a Polícia Civil em comunicado à imprensa.

Embora tenha alegado ter sido demitido em dezembro de 2023, não foi encontrada a publicação de sua exoneração no Diário Oficial do município, conforme a DIC. O delegado Bruno Fernandes, coordenador das investigações, afirmou: “Àqueles a quem o município de Laguna deveria mais acolher e cuidar, inserindo-os em programas sociais e no posterior ingresso no mercado formal de trabalho, foram, em que pese a latente vulnerabilidade econômica e social, alvo de uma verdadeira senda criminosa orquestrada pelo investigado, que, mês a mês, imbuído de sua própria ganância, retirou da mesa dos trabalhadores, ainda que indiretamente, aquilo que lhes era mais caro: o sustento próprio e de suas famílias. Ainda, que os atos de constrangimento não cessaram nem quando o investigado parou de exercer suas funções junto à Fundação, medida que reclamou o manejo enérgico de sua prisão preventiva.”

Durante a operação, os policiais também apreenderam quatro armas de fogo e várias munições de diferentes calibres que estavam em posse do investigado. Segundo a investigação, há evidências de que ele portava as armas durante o horário de serviço. Todas as armas foram apreendidas até a conclusão das investigações.

Presidentes da fundação serão ouvidas na Câmara

Recentemente, o assunto das rachadinhas na FIV tem sido discutido na Câmara de Vereadores. Na próxima sessão, os vereadores devem ouvir a presidente atual, Ana Paula Carneiro, e a ex-presidente, Adriana do Carmo, por solicitação do vereador Rhoomening Rodrigues (PSDB). Ambas, em contato com o Portal, afirmaram ter tomado as medidas necessárias ao serem informadas da prática criminosa.

Rachadinha em latim

Em nota, a DIC explicou que o nome Resiliunt é o termo em latim que descreve a rachadinha, “prática essa que vinha ocorrendo no município de Laguna. Trata-se do repasse de parte dos salários de funcionários, após solicitação ou exigência do funcionário público”.

 

*Com informações Agora Laguna

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