Será que vai dar frutos? Por Lúcia Búrigo
Saltou ondinhas, comeu uvas, colocou folha de louro na carteira, guardou sementinhas de romã, levou regalos para Iemanjá, usou underwear colorida de acordo com seu propósito… Já se passou meio mês e apesar de você ter feito tudo como manda o figurino, as velhas questões ressuscitaram na pauta de um janeiro caliente, em todos os sentidos? E o planejamento, sendo colocado para rodar? Ai, ai, ai… Escuta as palavras sábias de uma amiga, jornalista e empresária: “se não tá agendado, não acontece”. Ou seja, se não está na pauta não vai. Ou seja, se o planejamento não está pronto, para tudo! E se dedique a ele. Ou será que você quer viver emoções turbulentas, ficando somente no território das ideias?
Por mais que você mentalize, vibre positivo e tenha fé no futuro, não custa dar uma mãozinha para o destino e fazer a sua parte, que está para além de cumprir com os rituais que a nossa vã filosofia não alcança e que tem sua importância, de acordo com as crenças de cada um. Sim, há um lado de ação que precisa fazer parte deste início de ano e que vai ajudar muito a nortear sua jornada. E se você não se dedicou a ele como deveria, take it easy, a hora pode ser já. De nada adianta apenas pensar sobre ou achar soluções criativas, ou blá, blá, blá e não colocar as intenções pra jogo. Realizar é o verbo da vez. Fazer acontecer, como preferem alguns, é o que dá oportunidade de ver florescer uma ideia e colher seus frutos. Se não plantar, não frutifica.
E, antes de plantar, um mínimo de mapeamento é fundamental. Inicie os trabalhos, observando, pesquisando. Pense nos seus objetivos, porque se você quer tomates, não plante bananas. Não vai dar mesmo, a menos que você tenha um fórmula secreta. Então defina com clareza o que você deseja. Ah, não esqueça que estabelecer uma meta para um objetivo faz toda a diferença. Se o objetivo é colher tomates, sua meta pode ser 1 kg por dia, a partir do mês tal. Parece tolo, mas é essa a métrica que vai permitir analisar e saber se o caminho está certo, avaliando a necessidade da correção de curso.
Feito isso, liste as ações que são necessárias para chegar ao objetivo, explicitando de modo sintético as etapas que definem desde quem é o responsável pela ação até o investimento a ser feito. Faça isso de modo simples. Tudo o que a gente complica fica mais propenso a procrastinação. Daí pra frente é executar e torcer para dar tudo certo. Você deve estar pensando: “e as variáveis que não controlo, como ficam nisso?” Incontroláveis, como tudo na vida, sujeito a chuvas e trovoadas e outras “coisicas” mais. Quanto a elas, procure se precaver, sem engessar, lembrando que após a tempestade, sempre vem a bonança… pois é, a velha sabedoria popular, às vezes, faz muito sentido. Bora semear?
Lúcia Búrigo – Sócia da Bossa Experiências Criativas – Profissional de Marketing e Comunicação