Dois novos casos de gripe aviária foram detectados em pinguins de Magalhães, um em São Francisco do Sul e outro em Laguna, elevando o total de ocorrências para nove no estado, de acordo com informações do Ministério da Agricultura. São Francisco do Sul já registrou três casos da doença, enquanto Itapoá, Joinville, Laguna, Maracajá, Navegantes e Penha tiveram um caso cada.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) esclareceu que esses novos focos da doença não apresentam riscos para a agroindústria do estado. Isso se deve ao fato de que os casos envolvem animais marinhos e silvestres, e não espécies comerciais. Portanto, não há ameaça à indústria catarinense, e o consumo de carne e ovos continua seguro.

A presidente da CIDASC, Celles Regina de Matos, explicou que os casos foram identificados por meio de um programa de vigilância ativa chamado “Projeto Previr”. Este projeto é uma colaboração entre a Universidade de São Paulo (USP) e o Ministério da Agricultura. O material coletado foi analisado em um laboratório federal de referência de aves em Campinas, que confirmou a presença do vírus da influenza aviária.

O diretor de defesa agropecuária da CIDASC, o veterinário Diego Torres Severo, forneceu orientações à população em caso de encontro com aves silvestres mortas ou com sinais de doença. Ele destacou a importância de não tocar nesses animais, especialmente em pinguins, devido ao risco de transmissão da doença para humanos. Em vez disso, a população deve entrar em contato com os órgãos ambientais para as medidas apropriadas de recolhimento ou acionar a CIDASC.

Até o dia 6 de agosto, o Brasil já havia registrado 77 casos confirmados de influência aviária altamente patogênica. Em caso de suspeita de gripe aviária, a população pode entrar em contato com a CIDASC através do telefone 0800- 643 9300, ou buscar ajuda junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) ou à Polícia Militar Ambiental.

*Com informações Acaert