O Ministério do Trabalho lançou, neste mês de abril, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho 2024, com um chamado especial para o estado de Santa Catarina. Anualmente, o Brasil registra cerca de 600 mil comunicações de acidentes laborais, resultando em 150 mil auxílios-doença requeridos. Destes, Santa Catarina responde por aproximadamente 8 a 9%, tanto em benefícios quanto em acidentes.

A campanha visa incentivar empresas e instituições a aderirem às ações preventivas. A adesão pode ser feita através do site do Ministério do Trabalho, onde também estão disponíveis materiais educativos para serem compartilhados com os colaboradores. Pedro Maglioni, auditor fiscal do trabalho em Santa Catarina, destaca a importância das ações que devem ser desenvolvidas até outubro.

“Esse ano, o tema é segurança de máquinas e equipamentos. Provavelmente, a gente vai ter alguns eventos mais técnicos. Sobre o cumprimento da norma, isso culmina no mês de outubro, onde a gente tem uma outra data importante que é o Dia Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho nas escolas. A gente vem realizando já há algum tempo, com a adesão de muitas escolas públicas e privadas, um concurso para os estudantes, o intuito disso é que a gente possa ter essa cultura de segurança, de prevenção desde a escola.”

Santa Catarina figura entre os estados com maior incidência de acidentes e afastamentos do trabalho, sendo o quarto em registros e o terceiro em concessão de auxílios do INSS relacionados a doenças ocupacionais e acidentes laborais. O auditor fiscal do trabalho ressalta que proporcionalmente os números do estado não são favoráveis.

“Temos o contexto nacional que é muito ruim, mas Santa Catarina está pior do que a média nacional. Santa Catarina tem a maior taxa de incidência de acidentes de trabalho no Brasil. Ou seja, existe uma probabilidade muito maior de se acidentar em Santa Catarina do que em qualquer outro estado do Brasil.”

Desde 2022, a Superintendência do Ministério do Trabalho em Santa Catarina registra 420 embargos e interdições de atividades que geravam riscos para os trabalhadores do estado. Para Maglioni, é fundamental conscientizar e gerir a saúde e segurança do trabalhador.

“É importante a gente frisar que a expressão do trabalho não vai resolver esse problema sozinha. É impossível que a gente esteja o tempo inteiro monitorando a atividade de todas as empresas. Ou seja, a princípio é que as próprias organizações precisem saber que existem meios de prevenir.”

*Com informações Acaert