Santa Catarina enfrenta o pior surto de dengue de sua história em 2023
Até dezembro, 98 mortes foram confirmadas

O ano de 2023 entrará para a história de Santa Catarina como o período mais crítico no enfrentamento da dengue. Segundo o boletim mais recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica Estadual (Dive), desde o início do ano até dezembro, o estado registrou alarmantes 71 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 238 municípios. Além disso, a Dive confirmou 98 óbitos por dengue, com outros três casos ainda sob investigação.
A gerente de zoonoses da Dive, Ivânia Folster, expressou sua preocupação com os números assustadores deste ano. “O ano de 2023 foi um dos piores em relação à transmissão da dengue em nosso estado, tanto pelo número expressivo de casos quanto pelo aumento significativo nas fatalidades. Já ultrapassamos o número de óbitos registrados no ano anterior”, ressaltou Folster.
Ao longo de 2023, Santa Catarina notificou um total de 245.800 casos de dengue, incluindo casos suspeitos. Destes, mais de 119 mil foram confirmados, e a Dive destaca que quase 111 mil foram adquiridos dentro do estado. A análise da Dive aponta que as regiões mais afetadas foram a Grande Florianópolis, o Médio Vale e o Norte do estado, onde se concentra a maior parte da população.
Ivânia Folster destacou as condições climáticas adversas como fatores que contribuíram para a disseminação acelerada do vírus. “As alterações do clima, com intensas chuvas, aliadas à proliferação do vetor, favoreceram a alta da transmissão no estado. O calor persistente e a escassez de dias frios durante o ano proporcionaram um ambiente propício para a reprodução do mosquito”, explicou.
A distribuição do vetor Aedes aegypti, juntamente com as condições climáticas, criou um ambiente propício para a proliferação do vetor.
Diante desse cenário alarmante, autoridades de saúde estão intensificando esforços para conter a propagação da dengue, implementando medidas de prevenção e conscientização.