Renata de Oliveira Nunes: Uma jornada extraordinária contra o câncer de mama
Uma história inspiradora de superação, descoberta e transformação em meio à batalha contra o câncer de mama

Renata de Oliveira Nunes, 48 anos, de Criciúma, é uma mulher comum, alguém que, como ela mesma coloca, “não tem nada de especial”. Mas, em 2022, essa mulher comum, com uma vida comum, foi surpreendida por uma reviravolta extraordinária.
“Sou um ser humano normal, não tenho nada de especial, então a ideia é abrir meu coração para que outras pessoas também possam se beneficiar assim como foi benéfico para mim”, assim começou o depoimento de Renata, uma mulher comum que, de repente, se viu diante de uma jornada extraordinária.
Tudo começou durante um curso de respiração holotrópica de Growth Breathwork. Em meio a esse mergulho no mundo da espiritualidade e da autodescoberta, Renata teve uma experiência única. Ela descreve como viu luzes verdes emanando de suas mãos em direção aos seios, enquanto suas mãos se aqueciam de forma intensa. Essa experiência, surreal e quase mágica, foi o gatilho que a levou a suspeitar que algo estava errado em seu corpo.
De volta a Santa Catarina, Renata não conseguiu ignorar a intuição que a instigava a buscar respostas. E isso é o que torna sua história ainda mais extraordinária: seu instinto, sua conexão consigo mesma, a guiou a fazer exames médicos. Ela sentia que algo não estava certo, e essa intuição salvadora se tornou um divisor de águas em sua vida.
Renata já conhecia bem o território da luta contra o câncer. Seu sogro havia sido diagnosticado com mieloma múltiplo, e ela estava ao seu lado, cuidando dele durante o tratamento. No entanto, agora era a sua vez de enfrentar essa batalha.
Ela enfatizou a importância de realizar mamografias e ultrassons, especialmente para as mulheres com mamas densas, pois a mamografia por si só pode não detectar problemas. Para Renata, o ultrassom foi a chave para identificar o câncer em seus estágios iniciais.
O diagnóstico foi impactante. O câncer de mama de Renata era considerado agressivo, mas ela se considerou afortunada por tê-lo descoberto precocemente. Isso permitiu que ela passasse por cirurgia e tratamento a tempo, aumentando suas chances de recuperação.
A jornada de Renata foi repleta de desafios emocionais. Adepta o veganismo e a uma vida mais saudável, quando soube do diagnóstico, Renata disse que houve muitos momentos de questionamentos “Eu fiquei em choque e me perguntei por que isso estava acontecendo comigo?”. Ela destacou a importância de poder sentir e expressar suas emoções, incluindo a tristeza e a raiva que surgiram durante o processo de tratamento. Sua rede de apoio, composta por médicos, terapeutas naturais , esposo e família, desempenhou um papel fundamental em sua recuperação.
Renata não se limitou à medicina convencional. Ela recorreu a terapias alternativas, como homeopatia e prata coloidal frequenciada, e adotou uma dieta com nutricionista com experiência em pacientes oncológicos como complemento ao tratamento tradicional.
Como cada caso é único, exigindo exames adicionais para determinar o tipo e o tratamento adequado, a incerteza sobre a necessidade de quimioterapia foi um dos momentos mais desafiadores de sua jornada. Renata que inicialmente precisaria de mais sessões de radioterapia, precisou apenas de 5 sessões e ela atribui aos tratamentos alternativos que sempre acreditou que a ajudaria no processo. “Eu sou uma pessoa que acredita em terapias naturais. tem gente que não acredita, mas eu acredito. Sejam empáticos com quem está enfrentando o processo, se uma pessoa acredita que um cartomante vai ajudá-la, não fale que aquilo não ajuda, a pessoa está sofrendo, está desesperada tentando encontrar um caminho. Apoie uma pessoa. É muito importante isso”.
Sua família desempenhou um papel crucial em seu apoio emocional, e ela encontrou conforto em grupos de apoio, como o Instituto Camaleão. “É engraçado isso, mas quando a gente passa por esses desafios, a gente vê como a gente ainda tem coisa pra aprender, né? Como a gente tem coisa pra aprender. Então aprendi a receber cuidado, a ser cuidada”,
Superar o câncer mudou suas prioridades, colocando a saúde no topo da lista. Sua perspectiva sobre a vida evoluiu, tornando-se mais consciente de seu bem-estar e de suas relações pessoais. “Eu acredito que a maior conquista que eu percebi que eu tive na minha vida foi, primeiro, priorizar a minha saúde. Entender que eu preciso priorizar o meu exercício físico, priorizar a minha alimentação e priorizar o meu sono. Hoje eu não abro mão disso.
Renata enfatizou a importância de apreciar as pequenas coisas da vida, uma lição que aprendeu ao enfrentar esse desafio.
Esta é a história de uma mulher comum que encontrou força extraordinária em sua jornada, uma lição de perseverança, intuição e amor à vida que pode inspirar a todas as mulheres que enfrentam o câncer de mama.