Em entrevista ao Jornal da Guarujá, o delegado-geral Ulisses Gabriel também comentou sobre o recente caso da menina que foi morta pela mãe e pelo padrasto

A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou o lançamento do programa “A Mulher Tem Voz”, uma iniciativa voltada para a prevenção e combate aos crimes praticados contra mulheres. Em um momento crucial, no mês de março, dedicado às mulheres e às lutas por seus direitos, o programa surge como uma ferramenta adicional para garantir a segurança e proteção do público feminino em ambientes de entretenimento noturno.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta quinta-feira, 7, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, abordou não apenas a implementação desse programa, mas também comentou sobre o recente caso da criança de 3 anos, dada como desaparecida  no dia 4 de março, em Indaial, mas que foi covardemente morta.

Antes de discutir sobre “A Mulher Tem Voz”, o delegado Ulisses Gabriel falou um caso trágico ocorrido em Indaial, onde uma criança foi brutalmente morta pelo padrasto e pela mãe. Esse crime que abalou a comunidade, foi elucidado pela Polícia Civil, resultando na prisão dos suspeitos. O delegado expressou sua consternação diante de situações que envolvem crianças, ressaltando os desafios enfrentados pelos profissionais da segurança pública ao lidar com casos tão impactantes.

“Sem dúvida, casos como esse nos tocam profundamente. É extremamente desafiador lidar com situações de tamanha crueldade, especialmente quando envolvem crianças inocentes. Essa é uma das razões pelas quais buscamos incansavelmente a justiça e a proteção das vítimas.”

O delegado  compartilhou mais detalhes sobre o caso, revelando que a criança, de apenas três anos de idade, foi vítima de agressões tão brutais que resultaram em sua morte. O casal, responsável pelo crime, tentou encobrir o ocorrido com uma série de mentiras, inclusive mobilizando a comunidade em uma busca falsa pela criança desaparecida.

“Ontem, então, depois de vários interrogatórios, vários elementos de prova acolhidos, vários depoimentos, o casal, o padrasto e a mãe confessaram a morte dessa criança de três anos. Eles agrediram tanto a criança que a criança acabou falecendo, eles acabaram enterrando em um local.”

A Polícia Civil, por meio de uma investigação meticulosa, conseguiu localizar o corpo da criança e prender os responsáveis pelo crime.

Retomando o foco para o programa “A Mulher Tem Voz”, o delegado explicou que a iniciativa surge como parte do compromisso do governo estadual em combater a violência doméstica e proteger as mulheres. Com o objetivo de prevenir constrangimentos e violências, especialmente em locais de entretenimento noturno, como casas noturnas, boates e shows, o programa promove uma série de medidas educativas e preventivas.

“Estamos comprometidos em fornecer o suporte necessário para que os empresários possam implementar efetivamente essas medidas de proteção. Nosso objetivo é criar um ambiente seguro e acolhedor para todas as mulheres, onde elas possam se divertir sem medo de violência ou assédio.”

Quanto à divulgação do programa, o delegado destacou que os empresários serão informados durante o processo de solicitação de alvará, recebendo orientações específicas sobre como implementar as medidas de proteção em seus estabelecimentos. Além disso, serão produzidos materiais informativos e realizadas campanhas de conscientização para envolver toda a comunidade na luta contra a violência de gênero.

“Nossa missão vai além da aplicação da lei. Estamos empenhados em promover uma cultura de respeito e igualdade de gênero, onde todas as mulheres se sintam seguras e valorizadas. É um desafio constante, mas estamos determinados a enfrentá-lo.”

Confira entrevista completa