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No Dia Nacional da Doação de Órgãos, SC é um dos estados com mais doadores

Por Ligado no Sul27/09/2023 11h00
Foto/Ricardo Wolffenbuttel/Secom

No Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, Santa Catarina é destaque no cenário nacional quando se trata de doações de órgãos. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o estado catarinense ostenta uma das maiores taxas de doação no país, com uma média superior a 40 doadores por milhão de habitantes (pmp) no primeiro semestre de 2023, contrastando com a média nacional de 19 pmp. Além disso, a taxa de não autorização por parte das famílias em Santa Catarina é de apenas 31%, enquanto a média nacional é de 49%.

A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, ressalta a importância crucial da doação de órgãos e o papel fundamental desempenhado pelo SC Transplantes. Ela destaca que, ao longo das últimas duas décadas, o serviço de captação de órgãos evoluiu para se tornar uma política de estado em Santa Catarina, resultando em um desempenho exemplar no que diz respeito à doação de órgãos e tecidos. Um único doador pode salvar a vida de pelo menos dez pessoas que aguardam ansiosamente por transplantes.

O ato de amor e solidariedade é enfatizado no Dia Nacional da Doação de Órgãos, que visa conscientizar a sociedade sobre a importância desse gesto altruísta. A data foi instituída pela Lei nº 11.584/2007 e tem como objetivo estimular as pessoas a discutirem e compartilharem suas intenções de doação com seus familiares e amigos.

Durante os primeiros oito meses de 2023, a SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 469 notificações de potenciais doadores, dos quais 208 se tornaram doadores efetivos. Isso equivale a uma taxa de 41 doadores por milhão de habitantes (pmp) em casos de morte encefálica no território catarinense. Durante o mesmo período, foram realizados 1.137 transplantes.

O coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, destaca os excelentes índices alcançados em Santa Catarina, ressaltando que o estado tem mantido consistentemente mais de 40 doadores por milhão de habitantes desde 2017, o que representa mais que o dobro da média nacional nesse mesmo período. Nos últimos 18 anos, Santa Catarina foi líder incontestável em doações efetivas de órgãos para transplante durante 14 deles e o segundo melhor estado do Brasil nos outros quatro anos.

Entre os hospitais que mais contribuíram com doações de órgãos nesse período, destacam-se o Hospital Governador Celso Ramos (Florianópolis), com 24 doações, o Hospital Santa Isabel (Blumenau), com 20 doações, e o Hospital Nossa Senhora da Conceição (Tubarão), com 19 doações.

O sucesso de Santa Catarina em taxas de doação de órgãos no Brasil e na América Latina foi alcançado graças a investimentos em capacitação contínua e ao desempenho exemplar das equipes das Comissões Hospitalares de Transplantes. O acolhimento das famílias dos doadores é um dos pontos-chave desse processo, e as entrevistas familiares são conduzidas com empatia, humanidade e cuidado, o que tem levado as famílias a consentirem com a doação. Como resultado, a taxa de não autorização familiar em Santa Catarina diminuiu de 70% para menos de 30%.

O estado conta com 69 instituições hospitalares que fazem parte do Sistema Estadual de Doação, distribuídas em 28 estabelecimentos de saúde, alguns dos quais realizam transplantes de mais de um órgão.

É importante lembrar que qualquer pessoa pode se tornar um doador de órgãos e tecidos, e não é necessário deixar nada por escrito. Basta comunicar seu desejo de doação à família, pois a doação só ocorre após autorização familiar.

O processo de doação de órgãos envolve várias etapas, incluindo a detecção do potencial doador, a manutenção clínica desse potencial doador, a comunicação da morte aos familiares, a realização de entrevistas com as famílias, o planejamento logístico e os procedimentos para a remoção dos órgãos, a seleção de receptores compatíveis pela Central de Transplantes do Estado e, finalmente, a distribuição e o transplante dos órgãos.

A logística de transporte após a retirada dos órgãos é crucial, especialmente para órgãos jovens, e envolve a cooperação de diversas entidades, incluindo a Polícia Militar e Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, SAMU, táxi aéreo e voos comerciais.

Todo esse processo complexo mobiliza dezenas de pessoas e pode levar de oito a 12 horas, exceto no caso de órgãos como coração e pulmão, que precisam ser transplantados rapidamente e não podem exceder quatro horas de transporte.

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