Maternidade de Tubarão pode fechar as portas por superlotação
Alguns pacientes já foram deslocados para outros setores até serem realizadas as transferências adequadas para hospitais da região
O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) de Tubarão alerta para superlotação em diferentes setores. O Centro Materno Infantil está em situação crítica, fazendo cesáreas emergenciais, sendo que as demais aguardam a liberação de leitos de recuperação pós-anestésica. Trabalhos de parto ativos e nascimentos também estão sendo realizados.
Alguns pacientes já foram deslocados para outros setores até serem realizadas as transferências adequadas para hospitais da região.
Outra ação para minimizar a situação, foi o cancelamento das cesáreas eletivas. “Nosso alerta vai para que as gestantes procurem os hospitais mais próximos de suas casas para atendimento, caso necessitem. Informamos que as pacientes que chegarem no HNSC com gestação de baixo risco, com nascimento de via de parto vaginal, cesariana por indicação médica, ou ainda por abortamento, serão encaminhados para outra maternidade da região”, informa a direção do hospital.
Casos de internação para tratamento clínico da gestação ou com indicação de interrupção da gestação sendo prematuro, serão direcionadas para regulação via SISREG, sendo transferidas para outros hospitais do Estado, tendo todo suporte necessário nas instituições de saúde que forem remanejadas.
Segundo o HNSC, este cenário é consequência do não funcionamento de algumas maternidades da região.
Emergência registra aumento de atendimentos
O Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, manifesta a preocupação e solicita a colaboração da população em razão da superlotação da sua emergência, que no mês de março registrou 23,8% no aumento dos atendimentos em relação ao mês anterior.
Só neste mês de abril já foram mais de 3 mil atendimentos, sendo que, mais de 50% foram de baixo risco, ou seja, que poderiam ser atendidos nas unidades básicas de saúde ou na policlínica municipal.
A situação coloca a emergência no limite de sua capacidade técnica (número de profissionais de enfermagem e médicos, além da quantidade de leitos), colocando em risco futuros atendimentos de emergência/urgência que possam surgir.
O setor atua com protocolo de acolhimento com classificação de risco, que permite a identificação dos pacientes que necessitam de atendimento prioritário – de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, ou agravos à saúde. “Pedimos que procure o serviço somente em casos de extrema urgência e emergência. Esclarecemos que o protocolo de acolhimento com classificação de risco prioriza o atendimento de pacientes classificados nas cores vermelho, laranja e amarelo, enquanto os demais, classificados em verde e azul, podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e/ou a Policlínica Municipal.”
O HNSC informa, também, que o tempo de espera no atendimento da emergência pode aumentar devido a superlotação, mas conta com o apoio da população neste esforço para garantir a qualidade do atendimento aos pacientes com maior risco de vida.
Fonte: Folha Regional