Em 177 municípios catarinenses, cerca de 17.696 casos prováveis de dengue foram registrados

A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm, juntamente com a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, e o Diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck, uniram esforços nesta quinta-feira, 22, ao assinarem o Decreto Emergencial Epidemiológico em resposta à infestação do mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina. A assinatura do decreto aconteceu na sede da Defesa Civil, em Joinville, um dos municípios mais impactados pela propagação da doença e que  lidera o registro de óbitos por dengue no estado até o momento.

O decreto foi motivado por diversas razões alarmantes, incluindo o aumento no número de municípios infestados pelo Aedes aegypti, o  aumento nos casos prováveis de dengue notificados em comparação ao ano anterior, os óbitos decorrentes da doença e a emergência de eventos que potencialmente sobrecarregam a capacidade de resposta, além da saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) tanto em nível municipal quanto estadual.

A governadora Marilisa Boehm enfatizou o comprometimento do Estado de Santa Catarina na luta contra a dengue, instando a colaboração ativa da população: “Vamos vencer essa doença, mas precisamos da ajuda de todos. Sem a participação efetiva da população, não conseguiremos derrotar o mosquito transmissor da dengue. É crucial que estejamos unidos para combater esse mosquito, então faço um apelo a todos os cidadãos para que verifiquem diariamente suas residências.”

Além da assinatura do Decreto de Emergência, foram apresentadas as peças da campanha de comunicação do Governo do Estado, agora veiculadas em diversas mídias, incluindo TV aberta e fechada, rádio, internet, jornais, redes sociais, busdoor e painéis externos.

A Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, ressaltou a importância do decreto em facilitar as ações governamentais de apoio aos municípios, visando um controle mais eficaz do mosquito e uma resposta mais ágil e adequada aos casos de dengue. “A elevação no número de casos em relação ao ano anterior, aliada à expansão da presença do Aedes aegypti e às tristes perdas de vidas humanas, tornam essenciais esses esforços de mobilização. O decreto de emergência nos permite melhor coordenar nossas ações, garantindo um atendimento eficiente desde o primeiro momento do diagnóstico, o que reduz a progressão para casos graves e, consequentemente, as fatalidades”, concluiu Zanotto.

Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, o que representa um aumento de 650% quando comparado ao ano de 2023. Considerando o atual cenário, além do decreto de emergência e da intensificação das ações, é fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti. “Por isso, é preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça o diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck.