Entrevista: Focos de raiva bovina são confirmados na região
Cidasc aguarda a confirmação de mais um caso em Treze de Maio
Seis focos de raiva bovina foram detectados nos municípios de Jaguaruna, Treze de Maio e Sangão. As informações foram confirmadas pelo Departamento Regional de Tubarão da Cidasc ,que faz o monitoramento.
Ainda de acordo com a Cidasc, há ainda mais um caso suspeito em Treze de Maio, que aguarda resultado do exame laboratorial.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta quarta-feira, 22, a médica veterinária responsável pela defesa sanitária animal do Departamento regional de Tubarão, Ângela Zimmermann, confirmou os casos.
De acordo com a veterinária, a raiva bovina é um vírus transmitido pela saliva e que pode afetar todos os mamíferos. “Em nossa região, o principal transmissor é o morcego hematófago (que se alimenta de sangue). O principal perigo da raiva é que ela é fatal. Há informações de que no mundo apenas 5 pessoas foram curadas, mas que ficaram com sequelas. É uma doença fatal tanto para animais, quanto para o homem”, destaca Ângela.
A veterinária informa ainda que os sintomas são fáceis de se identificar no bovinos.
Com o animal infectado, o vírus se desloca para o sistema nervoso e o curso da doença leva poucos dias até a morte.
Uma vez infectado, o bovino apresenta nítida mudança de hábito, com sintomas evoluindo para perda de consciência, mugido rouco, aumento do volume e presença de espuma na saliva, dilatação da pupila, fezes secas e escuras.
Uma característica bastante marcante da raiva bovina é o andar cambaleante, uma vez no chão, o animal não levanta mais e fica fadado à morte.
Rosângela destaca que a doença não é transmitida através do consumo de carnes. Como é um vírus transmitido pela saliva, o proprietários de animais mamíferos podem sem contaminados caso tenham alguma escoriação na pele e que entre em contato com a saliva do animal.
A vacinação além de ser barata, é a forma mais eficaz de profilaxia da raiva bovina. Os animais devem ser revacinados a cada seis meses nas regiões com focos e em regiões sem focos da raiva, a vacina deve ser dada anualmente, garantindo maior segurança e prevenção da doença.
A veterinária informa ainda que é imprescindível que caso haja suspeita da raiva no seu rebanho ou em algum animal mamífero, ou que haja abrigos de morcegos em sua propriedade é importante notificar a Cidasc.
Confira entrevista completa: