Febre de Oropouche: Estado catarinense registra 176 casos e intensifica medidas de combate
Santa Catarina alcançou a marca de 176 casos confirmados de Febre de Oropouche, conforme informou a Secretaria Estadual da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) e do Laboratório Central de Saúde Pública. O primeiro surto da doença no estado foi identificado no final de abril em Botuverá, no Vale do Itajaí.
Desde a confirmação dos primeiros casos, as secretarias municipais de saúde têm trabalhado em conjunto com o governo estadual para implementar medidas de controle. De acordo com João Augusto Fuck, diretor da DIVE, o surgimento dos casos em Botuverá teve um impacto na região. “A presença do maruim, o vetor associado à transmissão da febre, é bem conhecida na área, o que explica a sensibilidade da região à doença”, explicou Fuck.
A Febre de Oropouche cujos sintomas incluem febre, dores no corpo e dor de cabeça, pode ser facilmente confundida com dengue, o que complicou o diagnóstico inicial. As suspeitas de dengue foram descartadas e os exames foram direcionados para laboratórios especializados, que confirmaram a doença.
Fuck destacou que o maruim é predominante em algumas regiões do estado, especialmente no Vale do Itajaí, mas também em outras áreas. “O vetor está presente em várias partes do estado, aumentando o risco de novos casos”, afirmou. Ele ressaltou a importância da vigilância contínua e da busca por atendimento médico diante de sintomas semelhantes aos da dengue.
As orientações para a população incluem a eliminação de focos de água parada, que são locais propícios para a reprodução do maruim, e o uso de medidas de proteção individual, como telas em portas e janelas, repelentes e roupas de manga longa.
Entre as 15 cidades com casos confirmados, Luiz Alves e Botuverá são as mais afetadas, com 91 e 37 casos, respectivamente. O Ministério da Saúde relatou que, neste ano, foram registrados mais de 7 mil casos de Febre de Oropouche em 23 estados brasileiros.