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Educação Financeira. Por Aline Amboni

Por Aline Amboni08/09/2022 12h19

Quando falamos em educação financeira, muitos pensam apenas na ideia de economizar. Porém vai muito além de simplesmente “economizar”, pois envolve a maneira como a pessoa se relaciona com o dinheiro e compreende as informações relacionadas a ele.

O principal objetivo da educação financeira é tornar o indivíduo consciente para todas as decisões que envolvam dinheiro, fazendo com que a pessoa tenha ciência das oportunidades e dos riscos envolvidos nas escolhas que pode fazer.

Sabemos também, que o desenvolvimento de uma política consistente nessa área, com foco na conscientização da população sobre a importância de controlar suas finanças, das oportunidades de investimento, seus riscos e benefícios, e no fortalecimento da sua capacidade de tomada de decisão, são postos-chave para a sustentabilidade do crescimento econômico. Afinal, a educação financeira proporciona o desenvolvimento de uma cultura de poupança e de investimento a longo prazo.

Porém, nos últimos anos esse processo tem ganhado novos contornos, pois apesar de muitos pensarem que finanças é uma ciência exata, na verdade ela é uma ciência humana. Está muito mais ligada a sentimentos e emoções que influenciam em nosso comportamento do que imaginamos, e que entender os padrões de comportamento e perfis dos investidores é fundamental para que o resultado seja positivo.

E nesse contexto para trazer um pouco mais de clareza e reflexão falarei sobre os chamados vieses comportamentais:

Tomar decisões é algo que fazemos o tempo todo em nossa vida e para isso o nosso cérebro desenvolveu algumas maneiras de aperfeiçoar a tomada de decisão, seja em termos de economia de esforço ou de rapidez de resposta. Um dos recursos que utilizamos habitualmente – e que não se aplica somente à tomada de decisões, mas à nossa maneira geral de perceber e avaliar dados – é chamado de heurística. As heurísticas nada mais são que atalhos mentais que agilizam e simplificam a percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões; mas, por outro, podem nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à racionalidade ou estão em desacordo com a teoria da estatística. Esses erros ocorrem de forma sistemática e previsível, em determinadas circunstâncias, e são chamados de vieses.

Essa abordagem denominada “heurísticas e vieses”, foi proposta pelos pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tversky, a partir dos anos 1970, onde têm descoberto na prática vários tipos diferentes de vieses que afetam de forma relevante a tomada de decisões financeiras.

Sabendo disso, vou trazer alguns erros mais comuns que podem ocorrer em função das heurísticas empregadas ou de outros fatores estudados pelas ciências comportamentais, sendo que aqui falarei das tendências de comportamento que afetam a decisão nos investimentos.

Vale ressaltar, que não vou listar todas as propensões comportamentais que afetam a decisão de investimento, nem examinar detalhadamente aspectos científicos e conceituais, como as causas e as classificações dos vieses aqui abordados.

Viés da Ancoragem (A primeira impressão é a que fica)

O viés de ancoragem é a tendência humana em confiar demais na primeira informação que recebemos ao tomar decisões.

Por exemplo, você entra em uma loja e checa o preço de um produto e, misteriosamente, o vendedor se aproxima e fala que o produto entrou na promoção.

Você talvez nem precise do produto, mas não pode perder a promoção relâmpago. Pronto, o efeito ancoragem funcionou direitinho.

Mas como evitar esse viés?

Desenvolva a sua inteligência emocional, planeje o futuro e evite comprar por impulso.

Aversão à perda (Quando o medo de perder é maior do que o desejo de ganhar)

É um comportamento que leva o investidor a priorizar os riscos em suas aplicações financeiras e, então, operações lucrativas deixam de ser realizadas.

Para evitar esse viés e buscar melhores investimentos é necessário esforço, autodisciplina e educação financeira.

A Falácia do Jogador é o viés que se origina de uma falha em compreender a noção de independência estatística e que nos faz “calcular” a probabilidade de um acontecimento com base na quantidade de vezes que ele já ocorreu.

Para você evitar esse comportamento é essencial entender conceitos básicos de probabilidade, levar a sério o alerta de que ganhos passados não representam garantia de rentabilidade futura e acompanhar as notícias sobre o mercado financeiro.

Viés de confirmação (reforçamos o que acreditamos)

O viés de confirmação é a inclinação que temos de notar, buscar, dar maior importância para informações coerentes com as nossas crenças.

Ou seja, nosso cérebro busca informações que confirmem o que já acreditamos.

E tem como mudar esse comportamento?

Com certeza, é importante pensar de maneira analítica para evitar que as emoções tomem conta na hora de decidir algo importante.

Como regra geral, dos assuntos aqui abordados, o primeiro passo para evitá-los é reconhecer que estamos sujeitos a eles ou, ainda, se dar conta de quando estamos incorrendo neles. E que quando falamos em investimento, não basta somente conhecimento, é preciso levar em consideração o próprio comportamento em relação aos seus investimentos, especialmente em períodos de incertezas, seja político como o atual, guerra, ou como o da pandemia.

Espero que tenha ajudado!

Até a próxima.

Fonte: https://www.investidor.gov.br/publicacao/ListaCVMComportamental.html

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