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DIVE alerta para aumento de surtos da síndrome mão-pé-boca em creches e escolas do Estado

Casos de surtos da doença tornaram-se comuns em creches e escolas do Estado

Por Ligado no Sul11/05/2023 12h00
Foto/Secom

Com o recente aumento de casos de Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) no Estado, a  Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) orienta sobre as medidas de prevenção.

A doença é uma infecção transmissível causada por um enterovírus e é muito comum em crianças, especialmente nas menores de cinco anos.

Transmissão

A síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma infecção de origem viral, sendo causada por diversos enterovírus, principalmente o Coxsackie, caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés. Costuma acontecer na forma de surtos, acometendo crianças que frequentam creches e escolas, principalmente os menores de 5 anos.

A transmissão ocorre através do contato direto ou indireto com fezes de pessoas contaminadas, por meio das gotículas espalhadas por tosse/espirros/saliva no ambiente e/ou objetos de uso compartilhado ou pelo consumo de alimentos contaminados ou mal cozidos. Outra forma de contágio é o contato direto com as lesões.

Mesmo depois de recuperado, o paciente pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Dessa forma, a higiene das mãos deve se manter intensificada mesmo após melhora dos sintomas.

A médica infectologista da DIVE/SC, Lígia Castellon Gryninger alerta que em caso da doença, a criança deve ser afastada imediatamente do convívio com outras crianças até que se recupere. “A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre através da tosse, espirros, saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas. Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. É muito importante lavar os alimentos antes do consumo, trocar a fralda do bebê com luva e depois lavar as mãos com água e sabão”.

Sintomas

  • Febre e mal-estar (febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões);
  • Vômitos e diarreia;
  • Aparecimento  de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas na boca, amígdalas e faringe;
  • Bolhas vermelhas na boca, língua, pés, mãos, braços e pernas;
  • Também pode afetar a região genital;
  • Falta de apetite;
  • Erupção de pequenas vesículas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e, ocasionalmente, nas nádegas e na região genital – geralmente as vesículas da doença típica são benignas e de curta duração.

Medidas de prevenção
As principais medidas de controle são o afastamento dos sintomáticos até resolução dos sintomas e a intensificação das medidas de higiene de mãos e do ambiente e superfícies, com especial enfoque em objetos compartilhados, como brinquedos, nos casos das creches, conforme detalhado a seguir:

  • Lavar frequente e corretamente as mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro (a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas);
  • Limpar as superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);
  • Evitar o contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com a doença;
  • Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche até o desaparecimento dos sintomas;
  • Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
  • Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.

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