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Demissão Silenciosa: A visão dos dois lados. Por Roger Silva

O movimento que leva os jovens profissionais a não se engajarem, fazendo o mínimo possível no trabalho.

Por Roger Silva23/09/2022 15h11

Essa postura viralizou nos perfis do Tik Tok nos Estados Unidos, encabeçados pelos profissionais que iniciaram suas carreiras numa época em que os trabalhos remotos e híbridos ganharam um espaço maior e mais cobiçado.

Os jovens das Gerações Z e Early Milleninals estão à frente dessa nova postura profissional que faz apenas o mínimo necessário, sem esforços, engajamentos e comprometimento, demonstrando mudança de comportamento e sem um propósito definido no trabalho.

Algumas reportagens e artigos dizem que essa atitude visa protestar contra o trabalho excessivo e exploração com acúmulo de funções e obrigações, mas será que é essa a mensagem que querem transmitir ao mundo?

Como o outro lado dessa história, empresas e gestores, observam esse comportamento, o “quiet quitting”?

Será que entendem como normal para essa geração ou se preocupam como cuidarão das promoções e os cargos de sucessão que exigem profissionais focados, engajados e com muita determinação?

No artigo anterior eu comentei sobre “Trabalhar para valer e trabalhar em excesso”; e mostrei que a melhor maneira de otimizar o tempo, fazer entregas de alta performance e ter qualidade de vida é fazer um bom planejamento e utilizar metodologias ágeis, além de comprometimento e um propósito muito bem definido e trabalhar em, ou com, uma empresa que valoriza os colaboradores determinados.

Se as pesquisas e compartilhamento de postagens mostram que uma boa parte dessa geração não se envolve com o trabalho e/ou com a missão, visão e valores das empresas, o que podem fazer para mudar essa postura ou escolherem seus colaboradores de uma maneira mais assertiva e não correrem o risco de se depararem com esses profissionais?

Quem está certo nessa batalha?

Será que as empresas estão sobrecarregando seus colaboradores que estão em home-office ou trabalho híbrido com a justificativa de terem mais tempo e “conforto” para trabalharem? Ou talvez sobrecarreguem os que continuaram no trabalho presencial para suprir aqueles que estão trabalhando de casa?

O que tenho visto e acompanhado bastante em muitas empresas clientes é que alguns líderes, supervisores e coordenadores não descobriram a melhor maneira de observar sua equipe de trabalho e muito menos como incentivá-los para que se mantenham engajados e determinados com foco total no seu desenvolvimento e na qualidade de suas entregas.

Será que isso não é também um fator determinante para essas atitudes e movimentos?

Mas se essa geração que iniciou sua carreira profissional na era do trabalho remoto e/ou híbrido, fez a escolha de se dedicar menos ao trabalho para aproveitar mais sua vida pessoal, estar mais próximo da família, viajar e se divertir com os amigos e curtir mais o “tempo” livre; seria capaz de sobreviver no mundo corporativo anterior à pandemia? Como se sairiam diante de uma dificuldade ou imprevisto que teriam que resolver imediatamente ou que necessitasse de um empenho grande comprometendo seu descanso, lazer ou estudo exigindo muitas horas extras de trabalho?

As empresas costumam investir nas pessoas que sempre entregam o algo a mais, que estão comprometidas com o trabalho, que vestem a camisa para terem mais reconhecimento, possibilidades de experiências diferentes e interessantes e mais oportunidades de crescimento.

Mas tudo isso não significa que essas gerações não querem fazer seu trabalho, apenas procuram ter uma vida saudável e com lazer, pois nas últimas duas décadas, muitas pessoas aderiram à cultura global “workaholic”, deixando a vida pessoal de lado para ter foco total na carreira profissional.

Algumas empresas se aproveitaram desses colaboradores sugando o que puderam por muito tempo e atualmente, por conta das recessões e da pandemia, algumas empresas oferecem remuneração abaixo da média, às vezes por não terem recursos e outras vezes por se aproveitarem das necessidades urgentes de muitas pessoas.

Um estudo da Deloitte apontou que as novas gerações buscam cada vez mais a flexibilidade, propósito no trabalho, equilíbrio e satisfação em suas vidas.

A nova onda é rejeitar aquele estilo de viver para o trabalho, não permitindo que as empresas e compromissos profissionais controlem suas vidas e comprometam sua saúde mental.

Não se esqueçam também, que problemas de saúde mental, sempre existiram e hoje estão nos “trending topics” por conta da insegurança e incerteza que surgiram com as adaptações dos sistemas de trabalho durante a pandemia.

Portanto, é essencial encontramos o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional aproveitando o melhor de ambos para se empenhar na medida certa fazendo o trabalho render, ter alta performance e excelência nas entregas para ter saúde, tempo e dinheiro para aproveitar o que a vida tem de bom para nos oferecer e também investir no nosso crescimento e desenvolvimento.

Até a próxima!

Roger Silva

Palestrante e Consultor em Treinamentos Corporativos

@rogersilva_td

@podcastdespertandoinsights

www.rogersilva.com.br

 

 

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