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Criciúma inaugura Central de Acolhimento para vítimas do Rio Grande do Sul

A cidade vem recebendo gaúchos afetados pelas cheias que buscam um recomeço

Por Ligado no Sul17/05/2024 11h00
Foto/Reprodução Vídeo

Numa iniciativa inédita, a cidade de Criciúma vai acolher os atingidos pelas cheias no Rio Grande do Sul. O prefeito Clésio Salvaro apresentou a central de acolhimento, localizada na Rua Coberta, onde os gaúchos serão recebidos e orientados a recuperar documentos, inscrever-se para vagas de emprego, e acessar assistência na área de saúde e creches.

O Jornal da Guarujá conversou com Tiago Pavan, Secretário-Geral de Criciúma, sobre o projeto. Pavan explicou que a central busca organizar a demanda espontânea de pessoas que têm chegado à cidade. “No primeiro momento, arrecadamos quase 80 toneladas de mantimentos enviados ao Rio Grande do Sul. Aprovamos um projeto de lei para a cessão de maquinários e pessoal para trabalhar em áreas alagadas. Percebemos que muitos cidadãos do Rio Grande do Sul estão vindo para Criciúma, buscando matrículas em escolas, empregos, assistência social e saúde,” destacou Pavan.

A central de acolhimento, inaugurada nessa quarta-feira, 15,  atenderá de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. “Já atendemos mais de 20 pessoas nos primeiros dois dias. A central faz uma extensão da nossa central de empregos, e temos uma parceria com a rede de talentos da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), que hoje oferece mais de 3 mil vagas de emprego,” afirmou Pavan.

Ele ressaltou a necessidade de documentos de identificação. “Muitas pessoas perderam documentos. Estamos trabalhando com a polícia científica para facilitar a emissão de documentos de identidade.”

A central também monitora para evitar oportunistas. “Vamos garantir que essas pessoas realmente necessitem de ajuda, com visitas sociais às casas,” disse Pavan.

Quanto à capacidade de atendimento, Pavan afirmou que o crescimento de Criciúma é planejado para a demanda da cidade. “Temos entre 60 e 80 vagas em creches. Se a demanda crescer, precisamos pensar em medidas contingenciais. A central nos ajudará a entender e atender essa demanda,” explicou.

A central não é para buscar cestas básicas ou doar mantimentos. “É uma escuta ativa e qualificada, um encaminhamento correto para que a pessoa recupere sua dignidade e, se desejar, reconstrua sua vida em Criciúma,” concluiu Pavan.

Confira entrevista completa

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