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Copa do mundo sob um novo olhar. Por Ana Maria Dalsasso.

Por Ligado no Sul24/11/2022 07h23

Há oito anos escrevi em uma coluna, num outro portal, sobre a expectativa e a emoção do povo brasileiro para sediar a Copa do Mundo, apesar das crises pelas quais o país atravessava. As cores verde e amarelo tomaram conta de tudo. Diante da imponência da Bandeira Nacional desfraldando ao som do mais lindo hino do mundo, o espírito patriótico reavivou, para um mês depois passarmos pelo maior vexame com a derrota de uma seleção desorganizada, sem espírito de equipe, desequilibrada, arrogante, que deixou marcas indeléveis.

Quatro anos daquele dia de vergonha mundial se passaram e, em 2018 registramos o cenário que se desenhava, bastante diferente de 2014. Muita coisa mudou, mas para pior. O mar de lama em que a nação foi jogada pelo desgoverno, violência, corrupção, desemprego, foi tirando o ânimo dos brasileiros. A operação Lava Jato trouxe à tona a corrupção de dirigentes do alto escalão da FIFA, levados à prisão. A imagem do futebol foi manchada. Talvez tenha sido esse um dos motivos para a nossa indiferença, mas ainda assim prefiro acreditar que foi fruto do amadurecimento do povo, percebendo que um país não se faz só com futebol e carnaval; existem questões mais importantes a serem pensadas. E tudo dependia da atitude do povo…

Assim, em 2018 uma inércia se abateu sobre o povo brasileiro em relação ao futebol. Afirmei na época que era sinal de maturidade junto com a preocupação da indefinição política da nação. Estávamos a quatro meses da grande eleição nacional e sequer tínhamos candidatos definidos. Como ter cabeça para o futebol se quase 80% dos candidatos cogitados estavam envolvidos em crime de corrupção? Quem poderia assumir o comando de um barco à deriva para dar uma direção digna?  Pesquisas mostravam que mais da metade da população estava indiferente à Copa do Mundo. E para ratificar a teoria de que a consciência cidadã começava a despertar, 77% dos brasileiros estavam mais interessados pela Lava Jato, na época no auge, do que pela Copa do Mundo. Era um sinal de que as urnas em outubro poderiam trazer surpresas. Quem sabe seria a hora de oxigenar a política brasileira, fazer um recomeço apostando no novo, fazendo com que os parasitas dessem lugar à gente com vontade de mudar? Nascia uma esperança de que o povo caminharia para mudar os rumos políticos do país.

Aconteceu… A internet deu voz e vez a todos. Em meio a uma campanha tumultuada, marcada por muitos escândalos, nasceu o interesse dos cidadãos pela política.  O povo apostou no novo e uma nova história começou a ser escrita.  A sonhada mudança aconteceu e o país entrou numa guerra contra a corrupção, volta ao patriotismo, retomada dos valores perdidos na sociedade, uma nova maneira de fazer política, contrariando os poderosos da “velha política”.

Mais quatro anos se passaram…. Mais uma copa do mundo chegou, e num momento extremamente crítico para o país. Acredito que em toda história do futebol, nem uma copa, mesmo quando não tínhamos os sofisticados recursos tecnológicos, foi tão indiferente quanto esta. Os desmandos e fraudes ocorridos na recente eleição indignou o povo que amadureceu e está provando que não somos só o país do futebol e do carnaval. Somos um povo ordeiro, patriótico, honesto, trabalhador e aprendemos que o bem-estar, a paz e a tranquilidade do país vale mais do que um título no futebol. A preocupação hoje é estar na luta para que não percamos nossa liberdade, que a paz e a justiça sejam retomadas na nação brasileira.

Assim, o que estamos vivendo no país neste momento me fez lembrar o que profetizou o sábio Dr. Enéias Carneiro há muito tempo: “ o dia que o Brasil estiver mais preocupado com a política do que com a copa do mundo, o Brasil, finalmente, começará a mudar”.

Acredito que esse dia já chegou, graças a Deus! Não vamos retroceder…

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