Como a liderança tóxica pode interferir na dinâmica do trabalho e influenciar negativamente sua equipe. Por Roger Silva
Lembrem-se daquela frase: A MAIORIA DAS PESSOAS PEDE DEMISSÃO POR CAUSA DO CHEFE/LÍDER, E NÃO POR CAUSA DA EMPRESA.
Lembrem-se daquela frase: A MAIORIA DAS PESSOAS PEDE DEMISSÃO POR CAUSA DO CHEFE/LÍDER, E NÃO POR CAUSA DA EMPRESA.
Analisando numa definição básica, simples e direta; a liderança tóxica é aquela em que o líder/chefe usa estilos de poder e influência de maneiras prejudiciais à equipe e/ou à uma pessoa específica, provocando resultados e entregas ruins muito abaixo das expectativas.
Essa maneira de agir pode provocar efeitos negativos no ambiente de trabalho, gerando incômodos dentro das equipes, no bem-estar dos mesmos e influenciando diretamente na qualidade não só da área, bem como da empresa como um todo.
Autoritarismo exacerbado, comunicação ruim e/ou ineficaz ou até a completa falta de diálogos, falta de apoio, incentivo, orientação, feedbacks apenas negativos, nenhuma oportunidade de aprendizado ou aprimoramento das funções básicas e específicas, desrespeito etc. A lista certamente será muito maior se continuarmos nessa linha.
A grande maioria das pessoas, e infelizmente eu me incluo nesse grupo, passou em algum momento por essa situação de ter um líder ou chefe que talvez não estivesse preparado para assumir a função de liderar, administrar e orientar grupos ou realmente agia de uma maneira tóxica porque essa é ou era a sua essência como ser humano.
E podem ter certeza de que todos os chefes/líderes com esses comportamentos, raramente assume ou sequer percebem que agem dessa maneira.
Essas pessoas podem até, em alguns momentos, tentarem mostrar que são compreensivas, que olham individualmente cada membro da equipe, que se preocupam com o desenvolvimento do time, com a qualidade e conforto dos locais de trabalho e por aí vai.
Mas obviamente, essas lideranças tóxicas, estão preocupadas apenas com o prazo, deixando de lado até a qualidade das entregas.
Atendi certa vez uma pessoa, que passava por essas situações.
O coordenador da equipe, na maioria das vezes, se mostrava prestativo e atencioso, mas no fundo, a preocupação era apenas em “forçar” os membros das equipes que coordenava, a trabalharem competindo entre eles, enaltecendo aqueles que sempre ficavam além do horário em benefício da empresa, mas sem pagar hora extra, sendo “amiguinho” dos puxa-sacos (acreditem, isso existe mesmo, por mais incrível que possa parecer), e (essa é mais incrível ainda), solicitar informações não oficiais para as pessoas das equipes, numa espécie de delação premiada, ou seja, seja dedo duro, entregue quem faz corpo mole, coisas erradas ou quem é “chato” por fazer tudo conforme as normas (isso demanda concentração e gera tempo maior para se concluir algo) e você estará sempre comigo e quando precisar demitir alguém, você continua, mesmo que seja incompetente, que seu trabalho não seja de qualidade ou que você cometa erros, que prejudiquem diretamente a qualidade das entregas e até o nome da empresa.
Aí vocês podem perguntar:
“Mas Roger, essas pessoas ainda existem no mercado de trabalho atual?”
E eu respondo: “Sim, infelizmente existem e o mais triste, não são poucas.”
As consequências desses comportamentos, levarão a estagnação de uma parte da equipe, falta de motivação, empenho e engajamento, para outros, pois saberão que não adianta se esforçar, fazer o correto, ser a melhor versão possível, porque isso não será levado em conta nos momentos de indicações e/ou promoções. Isso certamente irá causar falta de comprometimento, influenciará a autoestima e a autoconfiança.
Os líderes tóxicos, certamente em algum momento, demonstrarão favoritismo, tratamentos diferenciados entre os membros das equipes etc. Isso criará subdivisões dentro dos grupos de trabalho, afetará a colaboração entre eles, o senso de justiça, reconhecimento, transparência, confiança etc., e quem se sentir injustiçado, se desmotivará, não entregará mais 100% da sua capacidade e competência e assim que tiver oportunidade, pedirá demissão ou será desligado, se a empresa passar por uma necessidade de corte em algum momento.
Se a demissão acontecer, será o melhor dos mundos para o(a) colaborador(a) por conta de todos os encargos, férias, multa, FGTS e tudo que tiver direito.
Mas a satisfação de se demitir, também será excelente e a saída será triunfal, com direito a cabeça erguida, sorriso no rosto e principalmente, a sensação de dever cumprido com a certeza de que a empresa perdeu um(a) maravilhoso(a) profissional que terá reconhecimento em outro lugar ou até se tornará empreendedor(a) e cuidará dos próprios negócios e da própria vida.
Desperte a “SUA MELHOR VERSÃO” em todos os sentidos e aspectos; se valorize.
Lembre-se do “LIFELONG LEARNING”, que nada mais é do que continuar estudando.
Enquanto tivermos condições, seja de saúde e/ou financeira, sempre teremos algo para aprender.
Até a próxima.