Diagnóstico revela dez áreas prioritárias para revitalização da microbacia do Rio Maior em Urussanga

A equipe técnica do ProFor Águas Unesc, projeto de fortalecimento dos comitês de bacia hidrográfica do sul catarinense, realizou recentemente um trabalho de identificação das áreas prioritárias de revitalização da microbacia do rio Maior, em Urussanga. Esse diagnóstico preliminar faz parte de um dos projetos desenvolvidos pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, em parceria com as autoridades executivas e legislativas locais. O diretor da Diretoria de Meio Ambiente (DMA) do município, Márcio Moreira de Lima, também participou da atividade.

Durante o trabalho, foram visitados dez locais que demandam cuidado devido à falta de vegetação ciliar combinada com atividades que ameaçam a qualidade dos cursos d’água, como a presença de animais nas margens dos rios. O diagnóstico socioambiental dessa região possibilitará a adoção de políticas públicas voltadas para a recuperação e conservação ambiental, especialmente porque a área é estratégica para o abastecimento futuro de água do município.

Ao mesmo tempo, Urussanga está desenvolvendo sua Política Municipal de Segurança Hídrica e Gestão das Águas, como parte de um segundo projeto nesse processo de parceria entre instituições. “Neste primeiro momento, percorremos toda a extensão do rio Maior, desde a nascente até o ponto onde ele se encontra com o Rio Carvão”, explica José Carlos Virtuoso, coordenador técnico do ProFor Águas.

Após o diagnóstico, a equipe irá se reunir com os proprietários das áreas selecionadas para propor medidas de recuperação da vegetação ciliar em suas propriedades. Esse processo contará com a implantação de um programa de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA). Segundo Lima, o objetivo é tornar o rio totalmente seguro. “Queremos desenvolver uma política, inclusive com pagamentos por serviços ambientais, para que os agricultores e moradores locais possam atuar como protetores”, acrescenta o gestor.

Para o vice-presidente do Comitê Urussanga, Fernando Damian Preve Filho, o fato de as autoridades municipais estarem focadas na preservação hídrica é um sinal de que as questões levantadas pelo comitê estão sendo ouvidas. Ele enfatiza a importância de preservar o manancial para garantir o abastecimento de água no município.

Além da equipe mencionada, também participaram da iniciativa a analista ambiental e bióloga da DMA, Kelly Cristina Minotto, a técnica em Gestão Hídrica do ProFor Águas Unesc, que atua no Comitê Urussanga, Graziela Elias Zehnder, e a gestora ambiental do ProFor Águas, Ana Paula Matos.