Colheita da maçã inicia em Santa Catarina com estimativa de meio milhão de toneladas
A temporada de colheita da maçã foi oficialmente aberta em Santa Catarina para a safra 2023-2024, com projeções e desafios delineando o panorama da produção. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da EPAGRI, a estimativa para este ano é de uma produção 496 mil toneladas, marcando uma leve queda em comparação à safra anterior, que atingiu 557 mil toneladas.
Moisés Lopes de Albuquerque, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, espera um volume ligeiramente superior, apesar de ressaltar os impactos das condições climáticas. “A expectativa para o estado de Santa Catarina é de uma safra ao redor de 525 mil toneladas. Condições climáticas têm reduzido o potencial produtivo durante a florada”, explicou.
As regiões de São Joaquim e Fraiburgo continuam a impulsionar o estado catarinense como protagonista na produção da maçã, a terceira fruta mais consumida no Brasil. Na Serra, a variedade predominante é a Fuji, enquanto no Meio-Oeste a produção concentra-se na maçã Gala. Mais de 15 mil hectares são dedicados às macieiras em Santa Catarina, responsáveis por cerca de 40% do faturamento da fruta e da cultura catarinense, conforme dados da EPAGRI.
Santa Catarina detém aproximadamente 50% da área de cultivo de macieiras no Brasil, compartilhando a liderança na produção com o estado do Rio Grande do Sul. Moisés Lopes de Albuquerque destaca a relevância da produção catarinense no contexto nacional: “O estado já possui um potencial produtivo superior a países tradicionais na produção de maçãs, como a Argentina”.
Com cerca de 2.500 produtores, a maioria concentrada na região de São Joaquim, onde predominam as pequenas propriedades, a safra de maçãs é um pilar fundamental da economia local. Cerca de 80% das áreas dedicadas às macieiras em Santa Catarina estão nos arredores de São Joaquim, na Serra, enquanto os restantes 20% estão próximos a Fraiburgo, no Meio-Oeste.