CIDASC confirma sexto caso de raiva no estado
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC) confirmou o sexto caso de raiva em 2024 no estado de Santa Catarina. O foco da doença foi identificado em dois bovinos pertencentes à mesma propriedade, localizada em Chapecó.
Diante dessa nova notificação, a CIDASC emitiu um alerta aos produtores catarinenses, enfatizando a importância da vacinação dos animais e da verificação de possíveis abrigos de morcegos. Celles Regina de Matos, presidente da CIDASC, destacou a necessidade de verificar se os animais foram vacinados e recomendou a vacinação dos herbívoros. Além disso, ressaltou a importância de identificar outros animais que possam ter sido expostos ao vírus, bem como a presença de abrigos de morcegos tanto na propriedade afetada quanto em suas proximidades.
“Na propriedade que foi o foco, é verificado se esses animais foram vacinados ou então, se recomenda a vacinação dos herbívoros, se há outros animais que foram sugados então por morcego que tenha sinais disso, se há outros animais com suspeita desta síndrome nervosa, esses sinais nervosos que podem significar a raiva”.
A presidente enfatizou que a positividade da raiva em determinada região está intimamente ligada à presença de morcegos e à sua atividade de sugadura nos animais, o que gera condições de estresse nessa comunidade de mamíferos voadores. Portanto, a captura desses morcegos é fundamental para controlar a disseminação da doença.
A raiva é uma doença transmissível que afeta diversos mamíferos, incluindo cães, gatos, bovinos, cavalos, macacos e, inclusive, o ser humano. Causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, a raiva pode levar à morte. É importante que os produtores verifiquem a presença de marcas de mordeduras nos animais, pois estas podem indicar a exposição ao vírus transmitido por morcegos e morcegos hematófagos.
De acordo com Celles, a maioria dos morcegos não consome sangue e não transmite a raiva. Contudo, os morcegos hematófagos representam um risco , pois se alimentam do sangue de animais como bovinos e equinos, deixando o vírus presente em sua saliva.
Os sintomas da raiva variam de acordo com a espécie afetada, mas geralmente incluem dificuldade de movimentação, prostração e dificuldade de engolir, caracterizada pela presença de salivação excessiva. Esses sintomas resultam de uma paralisia progressiva que impede o animal de se alimentar, beber água e engolir saliva, sendo esta última um possível meio de transmissão da doença, inclusive para os seres humanos, o que pode ser fatal, já que até o momento não existe tratamento.
“É porque é uma paralisia progressiva e que faz com que também o animal não consiga mais nem se alimentar, nem tomar água e nem engolir a saliva. E essa saliva, essa baba, ela é possivelmente transmissora dessa doença, inclusive para o ser humano, por isso se recomenda que não se toque esse animal”.
Diante desse cenário, é preciso que os produtores estejam atentos à saúde de seus animais e adotem medidas preventivas, como a vacinação e a identificação e controle de abrigos de morcegos, a fim de evitar a propagação da raiva.