Dos 295 municípios catarinenses, 153 estão infestados pelo mosquito

Os dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) apontam para um alarmante aumento de 40% nos casos confirmados de dengue no estado de Santa Catarina em relação ao ano anterior. Até o momento, em 2023, foram registrados mais de 117 mil casos da doença, em comparação aos números de 2022. Além disso, a situação se agrava com o aumento dos óbitos, atingindo a marca de 99 mortes, superando as 90 registradas durante todo o ano anterior.

A análise da Dive também revela que 37 municípios do estado estão enfrentando uma situação de epidemia, representando um aumento de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado. A presença do mosquito Aedes aegypti, vetor não apenas da dengue, mas também da chikungunya e do zika vírus, é responsável por essa escalada preocupante da doença. Dos 295 municípios catarinenses, 153 estão infestados pelo mosquito.

A cidade de Joinville é a mais afetada, liderando com mais de 43 mil casos confirmados e um trágico total de 40 vidas perdidas para o vírus transmitido pelo Aedes aegypti. A bióloga Tharine Dal-Cim, da Dive/SC, destaca que foram identificados mais de 61 mil focos do mosquito em todo o estado, indicando uma disseminação significativa.

O cenário climático também contribui para o aumento da proliferação do mosquito. Com a expectativa de mais chuvas e o consequente aumento das temperaturas, as condições ambientais se tornam propícias para a reprodução acelerada do Aedes aegypti. A bióloga alerta que o mosquito pode se desenvolver em um curto período de sete dias e iniciar a transmissão do vírus.

Tharine Dal-Cim ressalta a importância da prevenção e faz um apelo à população. A eliminação de possíveis criadouros do mosquito deve ser uma prioridade, com inspeções regulares em residências, locais de trabalho, escolas e universidades. A Dive reforça que, de janeiro até o momento, foram notificados 866 casos suspeitos de chikungunya em Santa Catarina, com 51 confirmações, representando um aumento alarmante de 104% em relação ao ano anterior.