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Bem-criadas e mal-educadas. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso23/03/2023 09h45

Há poucos dias deparamos com um assunto nas redes sociais que, embora muitos tenham considerado insignificante, considero relevante sim, devendo ser discutido por se tratar do direito que todo ser humano tem de ser respeitado, independentemente de cor, raça, sexo, idade, classe social.

Refiro-me aqui a falta de respeito à jovem senhora, ingressante de uma universidade, por parte de três jovens acadêmicas mal-educadas, arrogantes, mimadas, as verdadeiras “patricinhas” cujo mundo gira em torno do próprio umbigo. Sentem-se donas do universo, mas não sabem nada da vida. Discutem futilidades, ignoram os problemas e as dificuldades alheias, são alienadas do mundo real. Bem-nascidas, mas malcriadas. Teoricamente abominam o preconceito, mas na vida real praticam o etarismo com uma senhora que por circunstâncias da vida, só aos 45 anos de idade, conseguiu entrar em uma universidade para realização do sonho de juventude.

Talvez essas jovens sejam, como tantas outras:  são favoráveis ao aborto, defendem a legalização das drogas, acham normal a igualdade de gênero, apoiam linguagem neutra  e tantas outras coisas que corrompem a juventude. Vivem de “status”, mas são desprovidas dos valores morais e éticos, bases de uma sociedade sadia. Sabem tantas coisas desnecessárias, mas não sabem as dificuldades pelas quais tantos passam. Talvez não saibam nem o valor da mensalidade, pois entregam o boleto aos pais, e saem por aí envergonhando-os com atitudes descabidas. Que maravilhoso seria se acolhessem com carinho aquela senhora, provavelmente deslocada no novo mundo, ajudassem-na a minimizar a ansiedade, a timidez, até mesmo o medo do desconhecido. Perderam uma grande oportunidade de praticar algo edificante…. Quanta aprendizagem é possível absorver pela vivência e experiências de uma pessoa madura…. Que bagagem de vida!  A vida é a nossa maior escola.  Nela somos atores e autores de uma história que passará para as futuras gerações, porque nem um de nós passará pelo mundo sem deixar sua marca.

Casos como esse são comuns hoje nas escolas em todos os níveis. Ainda essa semana circulou um vídeo de estudantes adolescentes presenteando uma professora negra com uma esponja de aço, em alusão aos seus cabelos. Bem-humorada, sorriu e agradeceu deixando-os sem ação. Talvez, magoada por dentro, mas mostrou sua superioridade.

E assim, caminha a educação neste país…. É preciso que os pais, professores e sociedade cobrem postura dessa juventude “bem-criada e mal-educada” que se coloca acima de tudo e de todos porque, a continuar como está, o futuro nos mostrará muitas surpresas.

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